Música
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Por O GLOBO — Rio de Janeiro

A cantora Gal Costa ganhará uma fundação em seu nome, de acordo com uma decisão homologada em acordo extrajudicial entre seu filho, Gabriel Penna Burgos Costa, de 18 anos, e suas primas Verônica Silva e Priscila de Magalhães, como apurou o GLOBO. A artista registrou o desejo de criar a Fundação Gal Costa de Incentivo à Música e Cultura — com investimentos iniciais oriundos de seu patrimônio — por meio de um testamento feito em 1997, que foi posteriormente anulado, em 2019.

Em março, as duas primas da cantora acionaram a Justiça de São Paulo solicitando que o documento voltasse a ter validade jurídica, sob a justificativa de que ela foi coagida a revogá-lo por Wilma Petrillo, empresária e viúva da artista. Verônica e Priscila alegam que só souberam que Gal havia cancelado o testamento após a morte da cantora, em 9 de novembro de 2022, quando começaram a se movimentar para viabilizar a existência da fundação.

Fundação Gal Costa

O testamento assinado pela cantora em 1997 determinava que a gestão da fundação ficaria a cargo de cinco primas de Gal. O documento traz a assinatura de Wilma na condição de testemunha.

"A Fundação", diz o processo, "teria como objeto a formação de músicos e outros artistas ligados à área, promovendo festivais, concursos, concedendo bolsas de estudos de músicas para pessoas carentes, dentre diversas outras finalidades de cunho exclusivamente filantrópico". O documento estabelece que a organização não teria fins lucrativos.

As primas de Gal dizem que, em 2000, a artista deixou sob responsabilidade delas todo o seu acervo de figurinos, incluindo peças usadas em espetáculos da Tropicália, "com a finalidade de que o referido acervo constituísse patrimônio da Fundação Gal Costa".

Entenda a briga entre Wilma Petrillo e a família de Gal

Wilma Petrillo e Gabriel, filho de Gal — Foto: Reprodução
Wilma Petrillo e Gabriel, filho de Gal — Foto: Reprodução

De acordo com o processo, as primas tentaram entender "a motivação para a efetiva revogação do testamento, sem qualquer aviso prévio ou posterior". "As autoras", segue o documento, "já tinham algumas suspeitas de que teria ocorrido possível manipulação de Wilma Teodoro Petrillo (...) para que a revogação fosse levada a cabo". Segundo elas, a "conduta" de Wilma perante Gal "sempre foi de manipulação", "seja em relação a sua carreira, seu patrimônio, sua família, funcionários e amigos e além de todos que com ela se relacionavam".

Wilma, acusam as primas, "passou a ter amplos poderes não só da gestão da carreira de Gal Costa, como também a administração do seu patrimônio", "resultando no empobrecimento e endividamento da cantora". "Acrescente-se a isso que durante a relação pessoal e empresarial que Wilma Teodoro Petrillo manteve com Gal Costa, esta vivia visivelmente infeliz e adoecida, conforme dezenas de testemunhos", continua o documento. As primas também insistem que Gal nunca "buscou reconhecimento da união estável" com Wilma.

Já o filho da cantora, Gabriel Penna Burgos Costa, contesta na Justiça a união estável de Gal e Wilma. No processo, as primas fazem coro à declaração de Gabriel, que diz ter sido coagido por Wilma a assinar uma carta atestando a união estável dela e de sua mãe. O testamento anulado afirmava que Gal "conserva o estado de solteira e não tem descendentes", "podendo, assim, livremente dispor de seu patrimônio".

O GLOBO apurou que o fato de não ter herdeiros foi decisivo para a decisão de Gal de criar uma fundação a partir de seu patrimônio. A cantora adotou Gabriel em 2007, uma década depois de fazer seu testamento. Em 2019, Gal teria se consultado com advogados de sua confiança para saber que destino dar à fundação. Teria ouvido que, uma vez que ela já tinha um herdeiro legítimo, Gabriel, não precisaria mais se preocupar com o destino de seu patrimônio após sua morte.

Gabriel entrou na Justiça pedindo a exumação dos restos mortais da mãe. Segundo ele, há "dúvida razoável" sobre a causa da morte da cantora. A Justiça negou o pedido, mas determinou a investigação das circunstâncias da morte da cantora para apurar se houve crime.

Advogada de Wilma, Vanessa Bispo disse ao GLOBO que as alegações das primas de Gal são "absurdas" e constituem uma "aventura jurídica".

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