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Nickelback garante os sucessos de 2013 no Rock in Rio de 2019

Baixista admite que grupo vai privilegiar velhos hits no show do ano que vem
O grupo canadense Nickelback Foto: Divulgação
O grupo canadense Nickelback Foto: Divulgação

RIO — No próximo dia 12 começa a venda do Rock in Rio Card , que garante a presença em qualquer um dos dias da próxima edição do festival, programada para ir de 27 de setembro a 6 de outubro de 2019. Não será mais uma escolha no escuro, pois algumas das atrações já foram anunciadas, como a banda canadense Nickelback, um dos nomes de maior sucesso do rock da primeira década dos anos 2000, com hits como “How you remind me” e “Rockstar”. O grupo volta após ter se apresentado na edição de 2013, ao lado do Bon Jovi .

— Não sei se esse show do ano que vem será muito diferente do de seis anos atrás. Boa parte das músicas que tocamos são as mesmas que estão no setlist hoje em dia — admite o baixista Mike Kroeger, em entrevista por telefone. — Pode ser que haja algumas novas. Mas é difícil de dizer, tivemos que tirar algumas músicas que foram número 1 nas paradas para incluir as novas. Temos que ser cuidadosos com o repertório.

Desde a última vez em que esteve no Rio, o Nickelback lançou os álbuns “No fixed address” (2014), que surpreendeu o público com ritmos mais dançantes (e a participação do rapper Flo Rida) e “Feed the machine” (2017).

— Esse primeiro disco foi bem experimental, e a intenção do segundo foi fazer um álbum de rock que voltasse às raízes do Nickelback, ao lugar de onde viemos — conta o baixista, que guarda boas lembranças do show no Rock in Rio. — Foi ótimo estar em um país que não conhecíamos. Já sabíamos como era grande e importante o festival, mas o show ultrapassou todas as nossas expectativas. Foi inacreditável, encontramos fãs que nos dão vontade de voltar.

O Nickelback será atração de 6 de outubro, última noite do festival, dividindo o palco mundo com os colegas do Muse e do Imagine Dragons, além dos brasileiros Paralamas do Sucesso .

— Sou muito fã do Muse e de Imagine Dragons, ouço mesmo quando não estou trabalhando. Quero muito vê-los ao vivo — diz Mike, para quem existe hoje um movimento de renascimento do rock. — Ele andou quieto nos últimos 10 anos, mesmo que ainda houvesse rock no Rock in Rio. Mas agora há artistas novos, como ( o grupo ) Greta Van Fleet, que estão trazendo de volta um lado mais autêntico do rock, sem artifícios, bem básico. Caras que tocam da forma como se fazia nos anos 1960 e 70. É uma volta às raízes.

Como muitos dos artistas que estão aí há mais de 20 anos, o Nickelback teve que enfrentar as mudanças da indústria, que vivia da venda de discos e hoje sobrevive graças ao streaming.

— Nossa transição foi boa, as pessoas que pararam de comprar nossos álbuns passaram a ouvi-los nas plataformas — diz o músico. — Acho que no futuro haverá uma forma mais justa de remuneração. Mas é sempre assim com as novas tecnologias, você tem que começar a usar e depois refinar.