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A pedido do GLOBO, cantor e compositor americano escreve sobre o ícone baiano que completa 80 anos neste 7 de agosto; leia também os textos de Fito Paez, Jorge Drexler, Mario Lucio Vaz, David Byrne, Sônia Braga, Igiaba Scego, Carminho e Gilberto Gil. Abaixo, o texto de Devendra Banhart.
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"Algumas Palavras
para Caetano,
Um pequeno canto...
Caetaniando…
E o teu aniversário…
Você está em Los Angeles, ainda marginal… e você, ainda meu herói!
Você sabe, é um fato,
De novo e de novo
arqueólogos encontram o primeiro instrumento, uma flauta feita de osso... sempre pronta para ser sua voz,
de novo e de novo….
Uma voz de que eu preciso, todos os dias…
Só para deixar meu DNA a'flutterin...
Só para alegrar os ancestrais em meu sangue...
Seria uma oportunidade perdida,
para não tentar te dar um beijo de boa noite,
Toda noite...
perfeições e bem-aventuranças…
Às vezes acho que só faço o que faço na esperança de impressionar você,
& parece razoável e vale a pena, fazer o objetivo mais alto da minha carreira, esperar um dia impressioná-lo levemente.
Caetano, Hathor, Bastet, Saraswati, Xochiquetzal, Oxum, de volta a Caetano... mais perto de nós do que da nossa própria pele.
Veja fotos da vida e da carreira de Caetano Veloso
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Caetano bebê, em 1942 — Foto: Reprodução
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Caetano e Maria Bethânia crianças em foto de família — Foto: Reprodução
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Caetano Veloso posa com irmãos Mabel, Clara Maria, Rodrigo, Roberto e Maria Bethânia, em Santo Amaro (BA), no ano de 1953 — Foto: Reprodução
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Caetano Veloso participou da Passeata dos Cem Mil contra a Ditadura Militarao lado de Milton Nascimento (sexto), homem não identificado, Pascoal Carlos Magno, Gilberto Gil, Caetano Veloso, José Celso Martinez Correa, Chico Buarque de Holanda, Renato Borghi, Edu Lobo e Othon Bastos (capa preta) — Foto: Arquivo / Agência O Globo
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Maria Bethânia e Caetano Veloso se apresentam juntos nos anos 70 — Foto: Rodolpho Machado / Agência O Globo
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Caetano Veloso reencontra a irmã Nicinha durante período de exílio — Foto: Manoel Soares / Agência O Globo
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Caetano Veloso na época da Tropicália, em 1974 — Foto: Rodolpho Machado / Agência O Globo
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Chico Buarque, Paulinho da Viola e Caetano Veloso — Foto: Athayde dos Santos / Agência O Globo
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Caetano Veloso assiste ao show de reinauguração da concha acústica de Salvador — Foto: Reginaldo Pereira / Agência O Globo
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Caetano Veloso e Gilberto Gil dão entrevista em 1993 — Foto: Marcos André Pinto / Agência O Globo
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Caetano desfila como destaque da escola de samba Estação Primeira de Mangueira em 1994, ano do enredo "Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu" — Foto: Marcia Foletto / Agência O Globo
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Caetano fez participação especial no show de Célia Cruz no Jazz Festiva, que aconteceu no antigo Metropolitan — Foto: Julio Cesar Guimarães / Agência O Globo
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Caetano Veloso gravou especial "Um Barzinho, um violão", do Multishow, em 2005 — Foto: Washinton Possato
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Milton Nascimento e Caetano Veloso gravam juntos em 2005 — Foto: Leo Aversa / Agência O Globo
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Caetano desfilou pela Mangueira com o filho Zeca Veloso, em 2016, ano em que a verde-e-rosa teve como enredo a irmã do músico, Maria Bethânia — Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo
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Caetano Veloso e Maria Gadu se apresentam juntos em manifestação contra o então presidente Michel Temer e por eleições diretas, em Copacabana, Zona Sul do Rio — Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
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Caetano Veloso se apresentou no show de 20 anos do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) — Foto: Marcos Alves / Agencia O Globo
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Caetano e Zeca Veloso gravaram o programa "Espelho", do multiartista Lázaro Ramos, em 2018 — Foto: VALMYR FERREIRA
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Caetano produziu álbum da cantora Teresa Cristina com canções de Noel Rosa — Foto: Guito Moreto / Agencia O Globo
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Caetano Veloso toca com índios no Circo Voador — Foto: Gabriel Monteiro / Agência O Globo
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Estreia de documentário 'Uma garota chamada Marina', sobre a cantora Marina Lima, teve a presença do ator e cineasta Antonio Pitanga e Caetano Veloso — Foto: Ari Kaye
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No início da quarentena, Caetano publicou rotina intima na internet, com direito a momentos de tocar violão de pijama Reprodução — Foto: Reprodução
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Caetano Veloso na estreia do show "Meu coco" no Vivo Rio — Foto: Ricardo Nunes
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Caetano posa para divulgar seu disco Coco, lançado em outubro de 2021 — Foto: Divulgação
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Caetano com uma bandeira com os rostos de Bruno e Dom Divulgação — Foto: Divulgação
Acho que Bob Hurwitz e eu nunca saímos sem falar sobre você, maravilhando-se com sua mente e elogiando sua voz de lótus... depois de alguns drinques, começamos a nomear suas músicas como duas crianças colecionando cartões de beisebol...
“Terra”… Canção do meu coração... sua música se tornou a matéria-prima da minha vida, mudou minha fisiologia…
E agora “Meu coco”, Bravoooo! Ahhhh! Sim!
Cavalo nas nuvens, terra empapada de sangue, mundo Caetano...
Um insight que me encheu de urgência, uma NECESSIDADE de ser eu mesmo…. o que significava, é claro, encontrar minha voz...
tudo graças a você, querido Caetano, nosso grande príncipe… Feliz aniversário.
