Música
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Por Silvio Essinger — Rio de Janeiro

Todo Natal, diz o ator e cantor Matteo Bocelli, de 25 anos, a tradição em casa é botar para tocar o álbum “My Christmas”, que o seu pai, o tenor pop italiano Andrea Bocelli lançou em 2009. Um disco que reúne clássicos indispensáveis para a celebração cristã, como “White Christmas”, “Santa Claus is coming to town” e “O Tannenbaum”, na interpretação de um dos maiores cantores líricos do mundo. Mas este ano será diferente, porque em outubro Andrea, Matteo e a irmã Virginia, de 10 anos, lançaram “A Family Christmas” — o disco da família Bocelli para o Natal de 2022 e os que virão.

— Esse álbum é o fruto genuíno do dom musical de uma família, dedicado a outras famílias — resume Andrea Bocelli, de 64 anos. — Praticamente três gerações estão envolvidas no álbum, três tipos diferentes de vocalidade e sensibilidade, que se envolvem em uma sequência de páginas heterogêneas, unidas pelo desejo de recriar aquele estado de espírito mágico que o Santo Natal é capaz de nos dar. Isto é “A family Christmas”, dentro do qual realmente existe o Natal na casa Bocelli, existe a nossa forma de celebrar um importante aniversário cristão, através da música.

Produzido por Stephen Moccio (que já trabalhou com Celine Dion e Barbra Streisand) e Ross Cullum, “Family Christmas” é o primeiro trabalho de Andrea Bocelli com Matteo (o filho mais novo que teve com a primeira mulher, Enrica Cezatti) e Virginia (filha do segundo casamento, com a sua empresária Veronica Berti). É um disco que traz músicas bem conhecidas, como “Over the rainbow” (do musical “O mágico de Oz”) e “Happy Xmas (war is over)” (de John Lennon e Yoko Ono), ao lado de outras como “Feliz Navidad”, do porto-riquenho José Feliciano, em delicioso arranjo bossa nova.

— Amo e frequento o repertório brasileiro desde menino, quando tocava em pianos-bares de interior. Encontro nele um equilíbrio perfeito entre a incrível riqueza rítmica e a linguagem extraordinária que lhe dá voz — elogia Andrea Bocelli, que diz ter recebido “alguns dos gestos de boa vontade mais comoventes de todos os tempos” quando levou mais de 25 mil pessoas, em 2009, ao Parque da Independência (em São Paulo). — Ter que fazer uma seleção dos meus artistas brasileiros preferidos sempre me gerou algum constrangimento... Então cito os primeiros que me vêm à mente: Vinicius de Moraes, Caetano Veloso, João Gilberto e Elis Regina.

O patriarca Bocelli ainda tem bem vivas na memória as sensações da Páscoa de 2020, quando cantou para uma Catedral de Milão vazia – um dos eventos artísticos mais emocionantes da pandemia.

— É Santo Agostinho quem diz: a música pode dobrar a força da oração, o repertório sagrado compartilhado pode dar maiores asas às nossas súplicas. Minha intenção, naquele momento cheio de incógnitas para a humanidade, foi cantar uma oração pelos meus entes queridos e pelo mundo — conta. — Foi revigorante poder dar as mãos no céu, através da música, constatar como milhões de pessoas queriam a mesma coisa.

Matteo será Gardel

Cantar com o pai não foi nada de mais para Matteo Bocelli, que em 2020 foi chamado pela Disney para gravar, com a Orquestra Filarmônica Real o tema do filme “O Rei Leão” — e que, depois de participar como ator em “Era uma vez um gênio”, de George Miller, vai viver nas telas o mito do tango Carlos Gardel. A novidade é Virginia, que se considera apenas “uma criança de 10 anos fazendo algo com a família”.

— Adoro cantar com meu pai e meu irmão porque me sinto muito à vontade com eles. Isso faz com que seja fácil relaxar e me divertir com eles e não me preocupar com o grande público para o qual possamos nos apresentar! — diz ela.

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