Dez anos após primeiro disco, Anitta é indicada ao Grammy como revelação; por que só agora?

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Por mais que acumule uma série de parcerias com astros estrangeiros — como Madonna, J Balvin, Maluma, Snoop Dogg, Black Eyed Peas e Iggy Azalea —, Anitta só conseguiu fazer barulho acima da Linha do Equador recentemente. Foi em 2022, depois de a música "Envolver" viralizar nas redes sociais, que a carioca do bairro de Honório Gurgel chamou atenção de americanos, europeus, asiáticos.

Do Japão ao Havaí, gente de todas as idades passou reproduzir o trecho da coreografia sensual que embala o clipe da música em espanhol, lançada em novembro de 2021. Dirigida pela própria Anitta, a performance com uma pitada erótica impulsionou, de fato, o passo mais largo dado pela artista no exterior. E figurões do mercado fonográfico, enfim, notaram a brasileira que passou a ser definida como a "Carmen Miranda digital".

Para ser indicada nesta categoria, o Grammy deixa claro que o artista não precisa ser um novato na música, mas sim no "mainstream". As regras para concorrer nesta categoria mudaram ao longo do tempo, mas, atualmente, é preciso seguir os seguintes critérios:

• ter lançado, no mínimo, cinco singles/faixas ou um álbum (até 2020 havia no máximo 30 singles/faixas ou três álbuns, mas esse limite máximo foi removido para a temporada de premiações de 2021)
• não pode ter entrado nesta categoria mais de três vezes, inclusive como membro de um grupo estabelecido
• deve ter alcançado um avanço na consciência pública e impactado o cenário musical durante o período de elegibilidade

Na última edição, em 2022, a vencedora foi Olivia Rodrigo. Neste ano, concorrem com Anitta Omar Apollo, Domi & JD Beck, Samara Joy, Latto, Måneskin, Muni Long, Tobe Nwigwe, Molly Tuttle e Wet Leg.