Filas nos ônibus, lama e atraso nos shows marcaram o início do REP Festival, festival de rap que acontece sábado e domingo em uma Cidade do Rap instalada de última hora em uma fazendo no bairro de Guaratiba, na Zona Oeste carioca. Maior festival do estilo no Brasil, ele previa, em sua quarta edição, a presença de um público de cerca de 60 mil pessoas por dia.
Segundo relatos, os portões, que deveriam ter sido abertos às 13h, só o foram por volta das 14h10, quando os primeiros shows já deveriam ter começado. Dentro do espaço, em meio à lama, barreiras humanas impediam o acesso aos palcos – quando abertos, tratores ainda podiam ser vistos despejando brita.
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A explicação, dada informalmente para produção no local, era a de que a chuva de sexta-feira teria atrasado a conclusão dos preparativos para os shows — o primeiro só começou por volta das 14h55. No Twitter, uma usuária dizia que até as 15h30 o portão da área Premium ainda não havia sido aberto.
Ainda no Twitter, havia reclamações do sistema de ônibus disponibilizado pelo festival para levar o público ao espaço em Guaratiba – um vídeo mostra uma longa fila para o embarque na Cidades das Artes, na Barra (um dos pontos de onde partiriam as linhas). Por ser em um lugar ermo, a organização do festival estimulou o público a usar os ônibus do festival ao invés de BRT e de carros particulares.
Procurada, a organização do REP Festival emitiu uma nota de esclarecimento:
"Devido às fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro nos últimos dias, tivemos alguns atrasos nos ajustes finais da estrutura do Rep Festival. Em função disto, precisamos atrasar em uma hora a abertura dos portões, o que influenciou nos horários dos shows. As filas para o REP Express se justificam pela alta demanda, mas está tudo dentro da normalidade e todos serão atendidos."