Na última terça-feira (25), MoneySign Suede, um rapper em ascensão de Los Angeles, foi encontrado morto em uma prisão na Califórnia, aos 22 anos. Filho de imigrantes mexicanos, o nome real do cantor era Jaime Brugada Valdez, e ele iniciou sua carreira musical por volta dos 16 anos. Em 2020, começou a fazer sucesso com a música "Back to the Bag", com versos que refletiam seus traumas pessoais.
Considerado uma promessa do rap americano, Suede foi preso por porte ilegal de armas e já cumpria a pena de 32 meses quando o vídeo de sua canção chegou a um milhão de visualizações no Youtube — número que hoje já passa de sete milhões.
"Eu realmente não sabia como me sentir porque estava na prisão", disse o rapper à revista Passion of the Weiss, em 2021, quando estava em liberdade condicional: "É difícil me concentrar nisso... e me sentir esperançoso. Você não pode realmente se forçar a ser feliz. Eu realmente não sinto isso assim, sabe?".
Nesse mesmo ano, o artista assinou contrato com a gravadora Atlantic Records, lançando seu álbum de estreia "Parkside Baby".
O artista nasceu na região de Huntington Park, em Los Angeles, conhecida pela grande população de imigrantes e considerada uma das áreas de maior vulnerabilidade social, não só no estado, como no país. Em vez de ir para o ensino médio, Suede conseguiu um emprego trabalhando com obras aos 14 anos. Embora já fizesse músicas antes, seu primeiro single com vídeo, “No Cap Freestyle”, foi lançado em 2019, quando ele tinha 18 anos, alcançando cerca de 12 mil visualizações.
Sua morte, que está sendo investigada como homicídio, foi confirmada na última quarta-feira (26). De acordo com seu advogado, Nicholas Rosenberg, ele foi apunhalado até a morte nos chuveiros da penitenciária de Soledad, na Califórnia, EUA.
Nicholas disse ao jornal LA Times que "as pessoas estão muito chocadas", com a notícia de sua morte, contando que "ele era um cara muito popular, muito gentil. As pessoas o amavam". Esse amor se expressa nos comentários de carinho e homenagens feitas por artistas, jornalistas, amigos e fãs, após sua morte.
"Obrigado por me mostrar que um mexicano poderia ser grande na indústria musical", comentou um fã na última postagem do artista.