Música
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Em fevereiro, a cidade de Frankfurt, na Alemanha, cancelou um show de Roger Waters, marcado para o dia 28 de maio, citando “comportamento anti-Israel persistente” de “um dos antissemitas mais famosos do mundo”. Mas, no sábado, o controverso ex-integrante do Pink Floyd anunciou que está “indo de qualquer maneira”, em um post no Instagram.

Na rede social, Waters postou uma foto do túmulo de Sophie Scholl (estudante alemã e ativista política antinazista que foi decapitada em 1943 após ser condenada por alta traição por distribuir panfletos antiguerra na Universidade de Munique) com uma legenda dizendo: “LEMBREMOS KRISTALLNACHT (referência à Noite dos Cristais, onda de violência anti-semita que varreu a Alemanha nos dias 9 e 10 de novembro de 1938)! COMO SOPHIE SCHOLL, NOSSOS PAIS ESTAVAM COM AQUELES TRÊS MIL HOMENS JUDEUS, E HOJE ESTAMOS COM OS PALESTINOS!”

A postagem de Waters também indica que ele entrou com uma liminar contra Frankfurt, mas não obteve resposta. Ele não deu informações de onde nem quando se apresentaria na cidade.

Petição a favor de Waters

Uma petição para reverter a decisão que proibiu Roger Waters de se apresentar em Frankfurt foi assinada em março por nomes como Eric Clapton, Tom Morello (guitarrista do Rage Against The Machine), e até Nick Mason, baterista do Pink Floyd. Além deles, Brian Eno, Peter Gabriel e o fundador da Soft Machine, Robert Wyatt, também assinaram o documento em solidariedade a Roger, assim como as atrizes Susan Sarandon e Julie Christie, além do diretor de cinema Ken Loach.

A petição, com mais de 10 mil assinaturas, dizia: "A crítica de Waters ao tratamento de Israel aos palestinos faz parte de sua defesa de longo prazo em nome dos direitos humanos em todo o mundo. Os funcionários que difamam Waters estão engajados em uma campanha perigosa que propositalmente combina críticas às políticas ilegais e injustas de Israel com antissemitismo. Funcionários na Alemanha, organizadores de shows e plataformas de música não devem sucumbir à pressão daqueles indivíduos e grupos que preferem ver a música de Waters removida do que se envolver com os problemas que sua música destaca."

Histórico de polêmicas

Em fevereiro, Polly Samson, esposa de David Gilmour, guitarrista do Pink Floyd, e coautora de várias músicas da banda, criticou Roger Waters no Twitter: "Infelizmente, @rogerwaters, você é antissemita até a medula. E também é um defensor do (presidente russo Vladimir) Putin, mentiroso, ladrão, hipócrita, não paga seus impostos, faz lip-synching (dubla em vez de cantar) é misógino, doente de inveja, megalomaníaco". Gilmour, por sua vez, compartilhou a publicação da esposa e afirmou que cada uma das palavras que ela havia escolhido eram verdadeiras.

O tuíte de Samson foi uma reação a uma entrevista de Waters ao jornal alemão Berliner Zeitung, na qual ele expôs suas opiniões sobre temas polêmicos, como a Guerra na Ucrânia, Putin e o Estado de Israel. Ele, inclusive, lamentou que seus antigos companheiros de banda tenham gravado uma canção de protesto com o músico ucraniano Andrij Chlywnjuk. Em 2022, o Gilmour e Nick Mason lançaram "Hey hey rise up", a primeira canção inédita da banda em quase três décadas, para arrecadar fundos para os ucranianos.

No ano passado, Waters chegou a dizer que seu nome estava em uma lista de pessoas juradas de morte pelo governo de Volodymyr Zelensky. Ele também afirmou considerar o presidente ucraniano parcialmente culpado pelo início do conflito.

Roger Waters é conhecido por suas opiniões políticas incendiárias. Opositor ferrenho da ocupação de territórios palestinos por Israel, ele defende que artistas boicotem o país. Em 2015, ele enviou uma mensagem a Caetano Veloso e Gilberto Gil pedindo aos baianos para cancelarem um show em Tel Aviv. "Caros Gilberto e Caetano, os aprisionados e os mortos estendem as mãos. Por favor, unam-se a nós cancelando seu show em Israel", escreveu.

A apresentação, no entanto, não foi cancelada. Caetano respondeu dizendo ser "fortemente contra a posição de direita arrogante do governo israelense". "Eu odeio a política de ocupação, as decisões desumanas que Israel tomou naquilo que Netanyahu nos diz ser sua autodefesa. E acho que a maioria dos israelenses que se interessam por nossa música tende a reagir de forma similar à política de seu país", escreveu. Já Gil disse que iria à Terra Santa cantar para "um Israel palestino".

— Eu sou a favor dos direitos humanos — afirmou o músico, que recebeu vaias e aplausos do público. — Prefiro estar num lugar em que o líder não acredita que a ditadura é uma coisa boa. Lembro das ditaduras da América do Sul e não foi bonito.

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