Música
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Por Bernardo Araujo; Especial Para O GLOBO — Rio de Janeiro

Um sábado perfeito para um festival de música à beira da Lagoa. As lágrimas arrancadas pela melancólica Lana Del Rey encerraram a primeira tarde do festiva MITA (Music Is The Answer, “a música é a reposta”) após um dia de sol e shows que foram do agito de Jorge Ben Jor e Planet Hemp à contemplação dos Gilsons e à orquestra jazzy de Arthur Verocai, convidado do grupo canadense BadBadnotGood.

Os trabalhos começaram cedo. Mal deu para tomar café da manhã no Jockey Clube que lá estava a primeira atração do sábado na segunda edição do evento, a baiana Melly, antes que o relógio batesse o meio-dia. Depois dela vieram Larinhx, com seu coquetel de funk, trap e outras levadas, em show que recebeu a estourada MC Carol, e Jehnny Beth, cantora francesa da banda de rock alternativo John e Jehn em momento solo.

O público já era bom quantos os Gilsons surgiram para mostrar sua MPB suave, de baixos teores, com forte influência baiana. O trio formado por Fran Gil, José Gil e João Gil, já concentrou uma boa galera na frente do palco, com músicas próprias é uma versão para “Swing de Campo Grande”, clássico dos Novos Baianos.

A atração seguinte causou uma certa estranheza: o grupo instrumental canadense BadBadNotGood, com seu jazz-fusion viajandão, transformou o Jockey num grande lounge, com o público aproveitando (ou fugindo) o sol, tirando foros e relaxando nas redes e na grama. A entrada da orquestra regida pelo cultuado Arthur Verocai e, posteriormente, a da cantora Paula Santoro conseguiram mais atenção, mas ainda ficou uma sensação de um show mais adequado a um espaço mais intimista.

Ben Jor estourado, Planet inflamado

Já a atração seguinte foi feita para as multidões: “Boa tarde! Estamos na terra dos cavalos”, bradou Jorge Ben Jor, à frente da Banda do Zé Pretinho (reforçada pelo produtor Alexandre Kassin no contrabaixo), antes de começar com “Jorge da Capadócia”. A oração, mais lenta, deu lugar a uma sequência de sucessos que levantou, literalmente, a poeira: “Santa Clara clareou”, “Minha menina”, “Zazueira” e outras comandaram o pula-pula esperado, que não acabou tão bem: o tempo de show acabou após “Mais que nada”, e o som — que tinha falhado no começo — foi desligado. Jorge tentou voltar com “Ponta de lança africano”, mas nada se ouvia, pois o DJ australiano Flume já tinha começado seu baile do outro lado do Jockey.

Consagrado no mundo todo, o DJ e produtor nascido Harley Edward Streten em Sydney, na Austrália, em 1991, caprichou nas batidas e nos videografismos, além de receber as cantoras Kucka e Vera Blue (além de muitas outras vozes pré-gravadas) em canções como “Escape”, “Smoke and retribution” e “Never be like you”. O público na frente do palco pareceu se divertir com o future bass de Flume, mas a maior parte se preparava para as atrações seguintes.

“Há trinta anos eu digo isso, mas aqui é mais gostoso: nós somos o Planet Hemp, do Rio de Janeiro!”, berrou Marcelo D2 ao inaugurar a gigantesca roda de pogo que acompanhou a banda por praticamente todo o show, embalado por antigos sucessos como “Quem tem seda”, “021” e “Mantenha o respeito”, além de músicas do disco “Jardineiros”, de 2022, e “Samba Makossa”, de Chico Science e Nação Zumbi. Afiado, o Planet não economizou no discurso político, incluindo uma homenagem a Marielle Franco e a habitual defesa da liberação da erva que “é consumida há cinco mil anos e nunca matou ninguém”. O quinteto recebeu os produtores/DJs Tropkillaz para uma canja barulhenta.

"Lana, eu te amo!"

Única artista a provocar gritos histéricos do público, a americana Lana Del Rey, de 37 anos, atrasou o início de seu show em quase dez minutos, para desespero dos fãs, muitos dos quais foram ao festival com véus de noiva, em menção à capa do disco “Ultraviolence”. Músicas como “Young and beautiful” e “Bartender” deram o tom melancólico da primeira apresentação de Lana no Rio em dez anos, com direito a dançarinas e à produção grandiosa típica de uma diva indie.

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Inicialmente de peruca loura à la Marilyn, ela passou por um makeover no palco, soltando os cabelos castanhos e sendo maquiada, ao som de “Lana, eu te amo!” dos fãs.

“Só tenho 35 minutos, vamos nessa”, disse ela, ciente do horário, depois de iniciada a transmissão da TV — que não pegou a primeira meia hora de show, a pedido da cantora. Depois dos sucessos “Born to die” e “Blue jeans” (sempre com boa performance vocal), o show entrou em uma reta final quase intimista, em que Laninha e os fãs achavam tudo lindo. Depois de “Summertime sadness”, ela jogou para a arquibancada ao pedir para ultrapassar o horário-limite das 22h.

— Quem manda? Vocês têm mesmo que desligar a eletricidade?

“Did you know that there’s a tunnel under Ocean Blvd?”, que dá nome ao disco mais recente de Lana, lançado neste ano (já estourando o tempo) e “Video games” fecharam um show redondo, e às 22h07 os cavalos puderam dormir em paz.

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