Música
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Por O Globo — Rio de Janeiro

Roberto de Carvalho e Rita Lee em 1985 Jorge Marinho / Agência O Globo

Roberto de Carvalho se dizia "teleguiado pela paixonite" por Rita Lee. Uma paixão que durou exatos 46 anos. A cantora, que morreu na última segunda-feira, aos 75 anos, formou com Roberto uma das mais longas e profícuas parcerias musicais e amorosas da música brasileira.

A "culpa" por esta união tão essencial foi de Ney Matogrosso. Foi por intermédio dele que Rita conheceu Roberto, no ano de 1976. O rapaz era guitarrista de Ney e a jovem, que já havia sido da banda Mutantes (ela ficou por lá entre 1966 e 1972), fazia parte da Tutti Frutti. Um dia, após um show de Ney, resolveu chamá-lo para jantar. “O gato, além de lindo, cheiroso e excelente guitarrista, também se mostrava exímio pianista. Amor à primeira tecla. Humm”, escreveu Rita em sua autobiografia, lançada pela Globo Livros.

Em 1977, os dois ficaram "grávidos" de Beto Lee e, durante a gestação, Rita foi presa por porte de maconha. Era ditadura militar e o comportamento libertário da artista era um clássico do que os conservadores entendiam como subversão. "Quer coisa mais rock and roll do que ser preso antes de nascer?", disse Beto Lee ao GLOBO em abril do ano passado. O casal teve mais dois filhos: João, em 1979, e Antônio, em 1981.

Roberto de Carvalho, Rita Lee e Beto Lee em 1979 — Foto: Carlos Piccino / Agência O Globo

Roberto chegou a entrar na banda Tutti Frutti, mas, em 1978, depois do terceiro disco, "Babilônia", a banda terminou, e o casal seguiu uma espécie de carreira a dois. Eles começaram a fazer shows em dupla e compuseram em parceria clássicos inesqucíveis do repertório dela, como “Lança-perfume”, “Doce vampiro”, “Baila comigo", "Nem luxo nem lixo" e muitos outros". Ao todo, lançaram juntos cinco álbuns: Rita Lee e Roberto de Carvalho (1982), Bombom (1983), Rita e Roberto (1985), Flerte Fatal (1987) e Rita Lee & Roberto de Carvalho "Perto do Fogo" (1990).

Com duas décadas de união, Rita e Roberto resolveram formalizar o casamento civil em dezembro de 1996 e ela passou a adotar o sobrenome do marido. Virou Rita Lee Jones de Carvalho.

Capa do álbum Rita Lee e Roberto de Carvalho, de 1982 — Foto: Divulgação

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