Taylor Swift : o que a cantora faz para mobilizar tantos fãs no mundo

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A turnê começou há dois meses, e, por enquanto, passou apenas pelos Estados Unidos. O fanatismo em torno de Taylor Swift faz dela uma máquina de recordes. Taylor foi a primeira artista a conquistar o topo de seis paradas musicais simultaneamente e é a dona da turnê feminina mais rentável da última década, “Reputation Stadium Tour”, de 2018. A cantora é ainda a maior campeã do Grammy na categoria Álbum do Ano, com três estatuetas.

Entenda por que Taylor Swift atrai tantos fãs:

De acordo com o professor e pesquisador de cultura pop da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Thiago Soares, dá para explicar a construção da estrela em três eixos:

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Além de músicas conhecidas no mundo todo, os relacionamentos amorosos da cantora estão sempre na mídia e Taylor aproveita muito bem o fuzuê que se cria em cima disso. A cada música ou álbum lançado, surge o que Thiago chama de "cultura de especulação", ou seja, a internet para e tenta adivinhar para quem ou de que momento da vida pessoal Taylor Swift está cantando naquela composição.

Desde sua estreia em 2006, a cantora postava na rede social MySpace e incorporava mensagens secretas no encarte de seus CDs. A cada trabalho, ela expandiu as pistas, usou código de cores, numerologia e deixou mensagens em suas letras. “Dear John” e “All too well” são marcos da carreira por essa especulação gerada em torno da história de cada uma. Os fãs acreditam piamente que a primeira foi escrita para o ex-namorado John Mayer e a segunda para o também ex Jake Gyllenhaal, coisa que Taylor nunca confirmou, mas também nunca desmentiu.

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Sobre o trabalho de investigação de seus fãs, Taylor disse à Entertainment Weekly em 2019: “Eu os treinei para serem assim”.

Taylor Swift se envolveu em polêmicas ao longo dos anos e se aproveitou disso. A briga entre ela e Kate Perry e o episódio em que Kanye West tira o troféu de suas mãos no VMA 2009 geraram discussões nas redes sociais e engajamento, em dado momento, até político.

Taylor Swift precisou regravar seis de seus dez álbuns para reaver os direitos autorais sobre suas próprias canções. Isso porque "Taylor Swift" (2006), "Fearless" (2008), "Speak now" (2010), "Red" (2012), "1989" (2014) e "Reputation" (2017) foram comprados em 2019 pelo empresário Scooter Braun, um desafeto da cantora, a quem ela já acusou de ser 'manipulador'. Braun trabalhava com Kanye West na época da polêmica entre o rapper e a cantora. Segundo ela, o empresário esteve por trás de diversos ataques que Swift recebeu, incluindo quando Kim Kardashian orquestrou o vazamento ilegal de uma gravação telefônica entre ela e Kanye.

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Posteriormente, Braun vendeu as gravações originais para um fundo de investimentos, mas, segundo a própria Taylor Swift, ele continuaria se beneficiando a partir das execuções das músicas nas plataformas de streaming. Por conta disso, ela vem regravando faixas e álbuns e lançando com a marcação "Taylor's version".

Thiago Soares diz que toda essa história também coloca Taylor em posição de empoderamento, de batalhadora por seu próprio trabalho.

No fim das contas, é todo um trabalho de marketing e mídias sociais muito bem feito. O resultado é uma base de fãs leal e gigante. São 87 milhões de ouvintes mensais no Spotify e 260 milhões de seguidores no Instagram, que estão sempre ávidos por novidades e detalhes da vida da artista.

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