Música
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Por Silvio Essinger — Rio de Janeiro

Se a vida é difícil para artistas que ainda não chegaram lá, imagina para Anitta. Cantora brasileira que conseguiu repetir, numa realidade incrivelmente mais conectada, os feitos de Carmen Miranda, a carioca de Honório Gurgel segue com “Funk generation: a favela love story” os planos que o estouro global de “Envolver” tornaram praticamente uma cruzada: os de manter-se no cenário com o máximo poder de fogo que uma estrela pop do mainstream pode reunir – e, se possível, avançar casas diante de uma concorrência planetária que não dorme.

Como qualquer lançamento de uma artista do seu tamanho, o bundle (pacote com três faixas) que chegou ao streaming na noite de quinta-feira é o resultado de muitas decisões tomadas a partir de métricas e de um tanto de feeling. Há muitos lados para se olhar, e Anitta parece olha para todos eles: nas faixas, ela alterna freneticamente entre o espanhol, o inglês e o português e mistura produtores locais, como Gabriel do Borel, com nomes de peso da arquitetura pop como o americano Diplo e o compositor e produtor sueco Rami Yacoub (parceiro do mago Max Martin, que trabalhou com Anitta na música "Boys don't cry").

Capa de "Funk generation: a favela love story", bundle da cantora Anitta — Foto: Reprodução
Capa de "Funk generation: a favela love story", bundle da cantora Anitta — Foto: Reprodução

É muita gente, muito dinheiro reunido em três apostas de novo estouro, pela via da reembalagem do tamborzão do funk carioca do começo do milênio em reggaeton e outras tendências do global pop do momento. É um disco para ser mundial pero no mucho, brasileiro mas nada tanto assim. Os vídeos de “Funk rave” (lançada anteriormente) e “Casi casi” investem em imagens de uma favela onde tudo é sexo e diversão e combinam bem com as letras afirmativas e espertas das canções.

Com beats impecáveis, sobre os quais as boas melodias e intervenções vocais de Anitta planam com alguma elegância, “Funk rave” e “Casi casi” são mostras do pop cheio de esteróides que a cantora promete superar com as músicas do seu novo álbum. Elas são jogadas de impacto para as pistas de dança de hoje, cada vez menos afeitas a sutilezas e dependente de pancadões – venham eles de onde vierem.

Mas, da mesma forma com que usou do saudosismo para trazer de volta o tamborzão, a cantora recupera um tipo de r&b romântico (mas nada meloso – ao contrário, numa cadência acelerada dos dias de hoje, muito gostosa) em “Used to be”, música em que a personagem se assume como um animal domado pelo amor ou pela idade. É onde se sente (mesmo que seja ilusão) aquela espontaneidade que o pop veio perdendo em tempos de algoritmos selvagens.

Cotação: Bom

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