No dia do do pop, Maria Rita comecou o primeirio show do The The Town, no palco The One, ameaçando samba com "Primo do Jazz", conhecida do repertório de Alcione, mas enveredou mesmo foi pela música americana, emendando os standards "Let's do it, let's fall in love" (Cole Porter) e "Over the rainbow". Sem deixar o jazz, ela seguiu por "Meiga presença", famosa na interpretação de Elizeth Cardoso, e um "Smile", de Nat King Cole. O publico jovem curtiu, entre o meio animado e o respeitoso.
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Mas o samba chegou, e começou com "O bêbado e a equilibrista" (Aldir Blanc e João Bosco, lançada pela mãe de Maria, Elis Regina) e "O show tem que continuar" (Arlindo Cruz) - o que provocou os primeiros aplausos mais entusiasmados. O clima de gafieira se instalou em "Samba e swing" - na qual ela anunciou a intenção de um show que pusesse "o samba e o jazz no mesmo lugar". A capela, Maria Rita introduziu o "Sorriso aberto" de Jovelina Pérola Negra e, quando o calor do sol começava a dar lugar a um vento frio, entrou por "Tive sim" (Cartola).
O repertório de Alcione voltou a se fazer presente na rasgada e abolerada "Você me vira a cabeça" — que Maria Rita traçou com gosto, antes de instigar passos de samba da plateia com um Arlindo Cruz seu: "Tá perdoado". E não faltou samba-rock (com outra versão do "Primo do jazz"), deixando o flanco aberto para um dos grandes hits (e balanços) da carreira da cantora, "Cara valente", de Marcelo Camelo.
Com uma banda escolhida a dedo (e afiada), Maria Rita repetiu a qualidade do seu aclamado show do último Rock in Rio e fez lembrar que não tem jeito: todo pop brasileiro que se preza passa pelo samba.