Música
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Por — São Paulo

Às vésperas de comemorar 40 anos de carreira, sendo 30 como maestro, Roberto Minczuk diz que adora “fazer concertos abertos e gratuitos” e “se aventurar em outros repertórios”. É essa a receita que o paulistano planeja repetir no programa que apresentará na próxima edição do Projeto Aquarius, a ser realizada na área externa do Auditório do Ibirapuera no próximo sábado, a partir das 17h30.

Ele vai conduzir a Orquestra Experimental de Repertório e mais o Coro Lírico Municipal por peças incontornáveis do repertório clássico brasileiro. Sim, estarão lá composições de Heitor Villa-Lobos e de Carlos Gomes, mas também uma bonita homenagem a Rita Lee. Fafá de Belém e a revelação Isis Testa, de 12 anos, completam o time escalado para o evento.

O Aquarius São Paulo é uma apresentação do Ministério da Cultura e tem a realização do GLOBO e CBN. O evento conta ainda com a Cidade de São Paulo como Cidade Anfitriã e o Governo de São Paulo como Estado Anfitrião, patrocínio master da Fundação Theatro Municipal, patrocínio da Vibra e da Sabesp e apoio do Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, e da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

O GLOBO: Qual sua relação com o Projeto Aquarius?

Morei no Rio, tenho uma história com o projeto e regi diversas edições. Algumas das apresentações mais emocionantes da minha vida foram no Projeto Aquarius. Quando comemoramos os 100 anos do Theatro Municipal do Rio, fizemos uma edição em comemoração. Foi um concerto na Praia de Copacabana com mais de cem mil pessoas. Foi algo inacreditável.

A apresentação será uma homenagem a São Paulo?

Montamos um programa em parceria com as direções do Aquarius e da Fundação Theatro Municipal de São Paulo. Começamos pela música clássica, com Carlos Gomes (1836-1896). Mas no lugar de fazer o óbvio, que seria a abertura de “O guarani”, vou fazer um dueto entre Ceci e Peri (o casal de protagonistas da ópera). Estarão comigo os cantores líricos Rosana Lamosa e Marcelo Vanucci.

E o que mais?

Na sequência teremos o Francisco Mignone (1897-1986), que nasceu na capital paulista. É um dos maiores compositores que temos, um arraso. Faremos uma de suas principais obras “O Maracatu de Chico Rei”, para coro e orquestra. Ah, também não vamos esquecer de Villa-Lobos (1887-1959), com o último movimento das Bachianas Brasileiras que é o “Trenzinho do Caipira”.

Há canções populares?

Sim, teremos duas cantoras convidadas da MPB. Isis Testa, que é formidável e ganhou o “The Voice Kids” no ano passado, tem só 12 anos. E depois há uma cantora superaclamada, Fafá de Belém, minha vizinha. Moramos aqui em São Paulo, a coisa de uma quadra de distância.

O que o leva a esse tipo de evento, diante de um público que não necessariamente conhece seu trabalho?

Eu adoro fazer isso, como é o Aquarius. Espetáculos ao ar livre, gratuitos, sabe? Fiz isso minha vida inteira. Gosto de me aventurar em outros repertórios, por isso não tenho problema algum em fazer Carlos Gomes e colocar isso junto a Adoniran Barbosa, Fafá de Belém e Isis Testa. Para mim só existem dois tipos de música, a boa e a ruim. Já fui muito criticado por isso. E acho importante que todos tenham exposição à música clássica.

Trazer público novo às grandes casas de orquestras é um desafio? Há quem não se sinta convidado.

Com toda a franqueza, o que precisamos é divulgar mais. Adoram dizer que música clássica é elitista. Não existe mentira maior. Um ingresso no Municipal é mais barato que um cinema ou um show. E, se entre um dos movimentos da sinfonia o público aplaude, não me incomodo. Eu viro, agradeço. Quem pede para o público ficar quieto que é ignorante. No tempo do Brahms (1833-1897), as pessoas aplaudiam entre os movimentos. Essa coisa de parar de aplaudir (ao longo do concerto) é recente, pós-Segunda Guerra, quando o público ficou mais esnobe. Não precisa ser assim. O artista fica feliz com o aplauso.

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