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No dia 26 de junho, o mundo pop prendeu a respiração. Por meio de um post do empresário de Madonna, Guy Oseary, tornou-se pública a internação da cantora na UTI de um hospital em Nova York. O motivo teria sido uma infecção bacteriana grave. Madonna havia sido encontrada desacordada em casa e estaria intubada, como informou o jornal The New York times. O episódio acontecera a duas semanas da estreia da turnê “Celebration”, planejada para festejar os sucessos de quatro décadas de reinado de Madonna Louise Ciccone na indústria da música. Muitos não sabiam o que fazer com os ingressos comprados para os primeiros shows. A lembrança da morte do Rei do Pop, Michael Jackson, 18 dias antes da turnê “This is it”, só reforçava o cenário sombrio que se formava ao redor da rainha. No fim das contas, Madonna venceu a doença e teve alta em uma semana. Hoje, a artista de 65 anos deverá entrar no palco da Arena 02, em Londres, para dar o pontapé inicial da agora-mais-aguardada-do-que-nunca “Celebration tour”.

As semanas seguintes à internação pareceram muito longas. Não houve informações oficiais até o dia 9 de junho, quando a própria Madonna usou as redes sociais para dizer que estava bem. A “Celebration” turnê só começaria três meses depois.

Trauma com estrelas

— Fiquei muito assustado porque só pensava nos outros artistas que perdemos de uma hora para outra, como George Michael, Prince e Michael Jackson — conta o securitário carioca Marcelo Soares, que tinha ingressos para o primeiro show da turnê, em Nova York. — Depois que o susto passou, decidi que não vou mais tentar ver show nenhum da Madonna.

A decisão se deve ao fato de que ele também tinha investido em ingressos, passagem e hospedagem para as apresentações de estreia das turnês “Rebel heart” (2015), e “Madame X” (2019), ambas com as primeiríssimas datas canceladas em Nova York.

Se Marcelo jogou a toalha, tem gente que ainda está disposta a se estapear por um lugar na plateia da diva. Em Londres, os ingressos para a noite de hoje estão totalmente esgotados. E as revendas estão a toda.

— Até tentei garantir um ingresso, mas estão cobrando o preço de um rim — brinca o designer carioca Bruno Cordeiro, morador da capital britânica que nos anos 2010 dava expediente na noite carioca como DJ Bgolls. — Descobri um site de revenda que proíbe os usuários de aumentarem os preços inicialmente pagos. Acho que agora eu consigo.

Bruno diz que deu bobeira em não garantir os ingressos assim que eles foram disponibilizados. Mas ninguém esperava que a corrida por eles seria tão intensa. Parte deste interesse pode ter sido despertado pelo “alerta de mortalidade” que o susto parece ter provocado em grande parte dos fãs.

— Acredito que tenhamos quebrado um paradigma mesmo. Nós sempre enxergamos Madonna como uma espécie de “Mulher-Maravilha”, imbatível, inatingível, e isso é pura ilusão de fã — diz o jornalista Pedro Compasso, editor da fan-page @imperiomadonna no Instagram. — Tomara que ela também tenha se convencido disso e fique mais contida durante este show.

Se depender do que disse o diretor musical do show, o britânico Stuart Price, à BBC, as chances de ela “ficar mais contida” são pequenas. O produtor musical conhece bem Madonna, com quem trabalhou na produção do álbum “Confessions on a dance floor” (2005). Ele deu detalhes sobre a nova turnê, que deverá conter 45 canções. “No caso de Madonna, é bom lembrar também que podemos considerar um hit não apenas uma música, mas também um vídeo, uma peça de guarda-roupa, uma declaração bombástica”, argumentou o DJ.

Fato. Madonna influencia gerações e talvez seja a artista solo egressa dos anos 1980 com maior relevância na segunda década do século XXI. E parte desta consistência artística surge da fama de perfeccionista, uma pecha que Price reforçou: “A pausa forçada acabou criando uma oportunidade para que o show fosse ainda mais lapidado por ela”.

Há uma semana, Madonna perguntou aos seguidores do seu Instagram quais músicas eles gostariam de ouvir na turnê. A compilação das respostas deve ter dado algum trabalho ao time de redes sociais da cantora. O catálogo de quatro décadas inclui hits que estão inscritos como alguns dos maiores de todos os tempos, de “Like a virgin” a “Vogue”, passando por “Music”, “Express yourself”, “Rain”, entre outros. Muitos, muitos outros, inclusive este no qual o leitor pode estar pensando neste momento e já reclamando por não ter sido citado.

“É um desafio colocar tantos hits num único show. Alguns deles serão apresentados num número completo, mas outros serão apenas citados ou funcionarão como ligação entre os blocos dos shows”, explicou Stuart Price à BBC.

Neste momento, outros pesos-pesados do pop correm o mundo em turnês. Entre eles, Beyoncé (que inclui uma referência a Madonna em sua “Renaissance tour”, na faixa “Break my soul”); The Weeknd (que lançou em junho a canção “Popular”, em que divide os vocais com a eterna material girl); e a peso-pesadíssimo Taylor Swift, que cantou com a veterana uma versão acústica de “Ghosttown” em 2015, no iHeartRadio Music Awards. Entre os vários “trends” de Taylor nas redes, estão em alta os vídeos em que a cantora improvisa um set acústico, ficando mais solta no palco. A BBC perguntou a Price se Madonna pensava em fazer algo parecido. “Bom, Madonna é famosa pelo perfeccionismo e por apresentar um espetáculo exaustivamente ensaiado. Além disso, tantas partes deste palco estarão em movimento, que tudo precisa estar muito bem coordenado”, desconversou Stuart Price, lembrando o fato de que Madonna sempre apresenta um show fechado, com começo, meio e fim. Uma narrativa na qual não cabe nem um mísero “bis”.

‘Não somos super-heróis’

Foram justamente os tais ensaios exaustivos que derrubaram Madonna em julho. Nas semanas que precederam a internação, a popstar postava cenas com os bailarinos e backing vocals. Parecia cansada, mas feliz com os contornos que a nova apresentação estava tomando. Até que veio o susto. A jornalista Astrid Fontenelle, que acompanha as chegadas e partidas de Madonna desde os tempos da MTV, disse que levou “um baque”, mas também entendeu o sinal de alerta:

— O que mais me chamou a atenção naquele episódio foi saber que ela já estava sentindo dores antes de ter caído doente. O corpo nos dá sinais que não podemos ignorar. Ainda que involuntariamente, ela acabou nos alertando para o cuidado que todos precisamos ter. Não somos super-heróis. A “super” Madonna não existe. Assim como também nunca existiu o “super” Michael Jackson.

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