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Fundadores que continuam na Nação Zumbi: Toca Ogan (esq), Dengue e Jorge Du Peixe — Foto: Divulgação/Olivia Leite
Fundadores que continuam na Nação Zumbi: Toca Ogan (esq), Dengue e Jorge Du Peixe — Foto: Divulgação/Olivia Leite

Lá se vão 30 anos desde que, sob a batuta do cantor Chico Science, um grupo de jovens da cidade de Recife chamou a atenção do Brasil com uma mistura de tambores do maracatu, guitarras do rock alternativo e rimas do rap e do cordel. Desde então, ao prosseguir com o trabalho de Chico (morto em um acidente de carro em 1997) e manter vivo o movimento Manguebeat, a Nação Zumbi se tornou um dos grandes grupos da música brasileira.

E ela volta ao circuito carioca de festivais nesta sexta-feira (20) (na verdade, à 1h15 de sábado), no Festival Clássicos do Brasil, na Marina da Glória. A banda encerra uma noite estrelada por Elba Ramalho (20h), Geraldo Azevedo e Chico César (21h45) e Alceu Valença (23h30) com o repertório acumulado em décadas.

É a chance de ver tudo o que mudou para a Nação nos últimos anos, em especial com as saídas dos fundadores Gilmar Bola 8 (percussionista, em 2015), Pupillo (baterista, que em 2018 deixou a banda em prol de uma bem-sucedida carreira de produtor, de discos de Gal Costa e Erasmo Carlos) e, este ano, do guitarrista Lúcio Maia (para uma carreira solo que inclui a produção de trilhas para cinema).

— Crescemos juntos, mas não tem romance, não. As pessoas passam e a banda está aí, ela é o nosso carro-chefe — garante Jorge Du Peixe, percussionista fundador da banda, que assumiu os vocais com a morte de Chico Science.

Dos que começaram a Nação com Chico, além de Du Peixe, restam agora apenas o baixista Dengue (o “maestro” da banda, segundo o cantor) e o percussionista Toca Ogan. A atual formação conta ainda com os percussionistas Marcos Mathias e Gustavo Da Lua, o baterista Tom Rocha (da Academia da Berlinda) e o mais novo integrante: Neilton Carvalho, guitarrista do lendário grupo punk-reggae de Recife Devotos (ex-Devotos do Ódio)

— Ele é um cara muito versátil, o chamado “Homem da Renascença”. Pinta, faz seus próprios equipamentos (inclusive, constrói suas guitarras) e transformou o Alto Zé do Pinho (favela recifense onde os Devotos surgiram, nos anos 1990) em um ponto cultural — conta Du Peixe. — Neilton trouxe novas ideias para a banda e nos fez entrar em outros níveis de interação, estamos repensando nosso som. Mas tudo ainda flui de forma verdadeira, as coisas são bem resolvidas antes de a gente subir ao palco.

Com essa nova formação, a Nação Zumbi vem ensaiando músicas inéditas, que os integrantes pensam em lançar no ano que vem. O último álbum do grupo foi “Radiola NZ” (2017), coleção de covers que vai de David Bowie a Tim Maia — e que deve ter um “volume 2”.

Ainda sem um produtor em vista, a Nação tem, segundo Jorge Du Peixe, feito sozinha a pré-produção das novas músicas.

Essa é a nossa verdade com a gente mesmo, a ideia da banda é a de se renovar a cada ano, assimilar coisas diferentes — diz, confirmando que o grupo deixou inconcluso, em 2017, um álbum com o produtor Apollo 9. — Quem sabe em 2057 a gente retoma ele.

Em agosto, a Nação lançou seu single mais recente, uma regravação de “Da lama ao caos” (faixa-título do álbum de estreia com Chico Science, de 1994), feita para a série “Cangaço novo”.

— Eu não gosto de mexer nas músicas que a gente gravou com Chico, mas às vezes temos algumas dificuldades de liberação com pessoas que não estão mais na banda — diz Jorge Du Peixe, declinando, no entanto, de dizer quem foi que não concordou com a inclusão do antigo fonograma na trilha da série. —Então fizemos essa versão 2.0, turbinada pelo Neilton.

Ano que vem, por sinal, completam-se 30 anos do lançamento de “Da lama ao caos”, que Du Peixe considera “um disco muito para a frente, até hoje”. O álbum inaugurou o encontro entre tambores do maracatu e guitarras pesadas que estabeleceu novos padrões sonoros para a MPB. Além da faixa-título, “A praieira”, “A cidade” e “Rios, pontes e overdrives” foram músicas desse álbum que viraram clássicos da Nação Zumbi.

— Era um disco sem bateria e sem pratos, tudo que foi feito lá era o que tinha que ter sido — acredita o cantor. — É um disco que vai maturando com o tempo. Tanto que nos pedem para fazer um show só com as músicas dele.

O festival Clássicos do Brasil continua no sábado com shows de Lenine e Orquestra Petrobras Sinfônica (19h), Vanessa da Mata (20h45), Moska (22h30) e Zeca Baleiro (0h15). No domingo, a festa é do samba, com Mart’nália e a Petrobras Sinfônica (17h), Jorge Aragão (18h45), Xande de Pilares (20h30) e Sorriso Maroto (22h15).

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