Música
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Por O GLOBO — Rio de Janeiro

Está confirmado! Madonna trará ao Brasil a 'The celebration Tour', turnê em que celebra seus 40 anos de carreira. A rainha do pop se apresentará na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no dia 4 de maio, como antecipou a coluna de Lauro Jardim. Com direção musical do DJ e produtor Stuart Price, a "The Celebration tour" tem colhido elogios por onde passa: a revista “Variety” afirmou que “Madonna ainda é a rainha do pop em exercício”. Já a rede BBC disse que “Madonna apresenta as joias da Coroa”. O jornal “The New York Times”ressaltou as muitas jovens vestidas com looks icônicos de Madonna na plateia, popularizados em “épocas em que elas sequer haviam nascido”.

Além dos elogios, o que mais se sabe sobre o show que Madonna fará no Brasil?

Carta de amor aos fãs

Madonna entra em cena na "The Celebraton Tour" ao som de “Nothing really matters”, faixa do álbum “Ray of light” (1998). Em um palco circular, abaixo de uma auréola gigante, ela veste uma nova versão do quimono de Jean Paul Gaultier, que a vestiu tanto no clipe oficial da canção quanto na cerimônia de entrega do Grammy de 2000. Os versos “nada realmente importa/ tudo o que dou para você volta para mim”, originalmente escritos para a filha Lourdes Maria, foram ressignificados como uma carta de amor aos fãs na festa dos 40 anos de carreira.

Filhos presentes

Os filhos de Madonna marcam presença no palco da "Celebration Tour". Na estreia da turnê, em Londres, outubro passado, Mercy James tocou piano em “Bad girl”, Stella dançou em "Don’t Tell Me", David tocou guitarra em "Let’s Go Crazy" e em "Mother and Father" e Lola e Estere apareceram em “Vogue”. A última, aliás, quase roubou a cena. Vestindo um macacão justo amarelo e preto e calçando botas que chegavam quase ao joelho, Estere, de 11 anos, dançou o voguing, estilo que surgiu na cena underground de Nova York nos anos 1970, tornou-se popular nos 80 e hit global com a canção e o clipe "Vogue", lançado por Madonna em 1990. Enquanto a menina dançava, a mãe e a irmã mais velha, Lourdes, davam nota 10 para a apresentação.

Michael Jackson, presente

Um dos interlúdios da “Celebration tour” mostra as silhuetas da Madonna de “Like a virgin” e o Michael Jackson de “Billy Jean” em dueto. Um mash-up dos clássicos embala a coreografia que disputa o telão com imagens reais dos eventos em que a rainha e o rei do pop apareceram juntos ao longo da vida.

Ela voa

Até pouco tempo, a única possibilidade de enxergar mais de perto o ídolo eram os telões ao lado do palco. Agora, passarelas complexas avançam nas pistas, artistas “voam”, transitam por corredores no meio “da galera”, permitindo a experiência cada vez mais instagramável e desenhada para ser viralizada nas redes. Madonna entregou voos em “Live to tell”, “Ray of light”, entre outras faixas.

Vogue

“Vogue” é mais do que uma música. É uma espécie de tradução audiovisual de uma cultura underground; as “houses”, ou os “clãs” de “voguing”, nada mais são do que núcleos de amigos que se juntam para escapar da realidade dura em que vivem. Madonna identificou tal cultura e a traduziu para as massas, conferindo uma visibilidade nunca experimentada por aquelas pessoas.

Beyoncé

O número de 'Vogue" começa com a voz de Beyoncé reverenciando “Queen Mother Madonna” na versão “Queens remix” de “Break my soul”. No palco rotativo, que faz referência ao bolo de casamento de “Like a virgin”, surgem os “clãs” de dançarinos que tomarão o palco em minutos. Entra em cena Bob The Drag Queen, que serve como o MC da noite.

Bob The Drag Queen

Vencedor do reality show “RuPaul’s Drag Race” em 2020, Bob nasceu como Christopher Caldwell, em 1986. Foi o partner de palco perfeito para a diva na estreia da turnê, quando uma das traquitanas do palco deu pane, e eles precisaram improvisar. E encaminhou o início do show, vestido no look de “Vogue” da cerimônia do Video Music Awards de 1990.

Like a Prayer

O momento mais impressionante foi "Like a prayer", que ela cantou em um espetacular carrossel giratório com dançarinos sem camisa em poses que imitavam a crucificação de Cristo. O baixo pulsante da remixagem produziu tensão, e uma transição rápida para "Unholy", de Sam Smith e Kim Petras, ressaltou a influência duradoura da canção original.

Hit enfileirados

Além de "Vogue", "Nothing really matters" e "Like a prayer", Madonna desfila outros sucessos de sua carreira no palco da "The Celebration Tour". Entre eles, "Everybody", "Holiday", "Open your heart", "Burning Up", "I love New York", "Erotica, "Hung up", "Bad girl", "Justify my love" e "Don't tell me" estão no setlist. O que ninguém entende é por que ela escolheu apresentar "Die another day", tema do filme da franquia "007", e excluiu um hit como "Express yourself". Ah, Madonna canta "I will survive", de Gloria Gaynor.

Madonna:  por mais de duas horas, ela conta a própria história — Foto: The New York Times
Madonna: por mais de duas horas, ela conta a própria história — Foto: The New York Times

Apoio à comunidade gay

Um dos momentos mais emocionantes da “Celebration tour” é quando Madonna canta “Live to tell”, faixa do álbum “True blue” (1986). A cantora “voa” sobre a plateia dentro de uma estrutura quadrada enquanto os telões exibem imagens de amigos perdidos para a Aids, como Keith Haring. O tema surge mais de uma vez no show por um motivo: no final dos anos 80 e início dos 90, Madonna foi uma das poucas artistas pop a se posicionar abertamente em apoio à comunidade gay, que sofria de homofobia por conta da epidemia. Enquanto havia quem evitasse dar um aperto de mãos em homossexuais, temendo uma contaminação, Madonna reforçava a naturalização das relações homoafetivas.

Estímulos visuais

Neste show, Madonna reutiliza um dos truques cênicos mais populares destes tempos em que a curva de atenção das audiências está cada vez mais curta. Entregar tantos estímulos visuais de maneira que nem tudo consiga ser percebido num único show. Foi a crítica da “Variety” que deu a dica: “Você pode assistir ao show meia dúzia de vezes e não conseguir enxergar tudo o que acontece”, diz Mark Sutherland.

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