Céline Dion fala sobre condição neurológica rara: 'Tenho que aprender a viver com ela'

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"Cinco dias por semana, me submeto a terapia atlética, física e vocal. Não venci a doença, pois ela está e sempre estará dentro de mim. Espero um milagre, uma forma de curá-la com pesquisas científicas. Mas, por enquanto, tenho que aprender a viver com ela", disse a cantora, de 56 anos, que deixou dúvidas sobre voltar aos palcos. "Não sei. Meu corpo me dirá".

Céline cancelou shows e comunicou seu estado de saúde pela primeira em dezembro de 2022. Desde então, sua irmã vinha dando detalhes sobre sua condição. No Grammy, em fevereiro, ela vez uma aparição surpresa para anunciar a categoria de álbum do ano. vencida por Taylor Swift, com "Midnights".

No dia 25 de junho, o Prime Video coloca no ar o documentário "I Am: Céline Dion", dirigido pela cineasta indicada ao Oscar Irene Taylor. A produção é descrita pelo serviço de streaming como "uma carta de amor aos seus fãs" ao mostrar como a cantora vem lidando com síndrome e como a música a tem ajudado nesse processo.

Diagnosticada pela primeira vez em 1956, a Síndrome da Pessoa Rígida (SPR) é uma condição rara e incurável, mas que pode ser tratada, caracterizada por afetar a coluna vertebral e o cérebro, causando um estímulo excessivo nos músculos, provocando tensão e rigidez muscular, além de espasmos dolorosos.

É uma doença extremamente rara, estima-se que afete cerca de uma a duas pessoas por milhão. A condição costuma surgir entre os 40 e 60 anos de idade apresentando-se, inicialmente, como espasmos intermitentes que evoluem, tornando-se contínuos. Somente cerca de 5% dos casos ocorrem na infância ou adolescência.

A síndrome da pessoa rígida doença pode causar:

• Rigidez e espasmos dolorosos, que são os principais sintomas da doença;
• Fortes dores nas articulações, principalmente nas costas e coluna;
• Rigidez acentuada que causa ruptura das fibras musculares, luxações e fraturas ósseas;
• Deformidades nos braços e nas pernas devido à presença destes espasmos, se a doença não for tratada.

Normalmente, o paciente diagnosticado com essa síndrome, possui outras doenças autoimunes, como diabetes tipo 1, tireoide ou vitiligo. Apesar de ser rara, ela possui tratamento e pode ser curada, entretanto, pode ser demorado.

A condição precisa ser tratada com o uso de medicamentos prescritos por especialistas. Em alguns casos, o paciente precisa ser internado na UTI para garantir o bom funcionamento de outros órgãos, como o coração, pulmão e rins durante o tratamento. Todo o processo pode varias de semanas a meses.