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'Nunca tive a vaidade de que o Magal é eterno', diz o cantor, que chega aos 70 anos

Aos 70 anos, cantor se redescobre como avô, inspira filme e musical e quer retomar palestras motivacionais
Cena de 'Me chama que eu vou', documentário sobre Sidney Magal dirigido por Joana Mariani Foto: Divulgação
Cena de 'Me chama que eu vou', documentário sobre Sidney Magal dirigido por Joana Mariani Foto: Divulgação

RIO — Sidney Magalhães é um sujeito pacato, corpulento e grisalho, que completou 70 anos em junho passado. O aniversário — e basicamente toda a pandemia —, ele passou confinado em sua casa na praia, no município de Camaçari, arredores de Salvador. A maior alegria hoje, admite Magalhães, é Madalena, sua primeira neta, de um ano de idade — e ele jura que o nome nada tem a ver com “Sandra Rosa Madalena”, sucesso do seu famosíssimo alter ego, Sidney Magal. Sim, ele mesmo: o amante latino da MPB, que agora ressurge no documentário “Me chama que eu vou”, com estreia marcada nos cinemas para 17 de junho e na TV, no Canal Brasil, em 1º de julho.

— Eu gosto de estar no palco porque faço as pessoas felizes. Mas feliz eu me sinto é com a vida toda. Porque o palco faz parte da minha existência, mas não é a minha vida — ensina o homem por trás do astro, que voltará também em longa-metragem de ficção, musical, exposição interativa e palestras motivacionais, tão logo a Covid-19 esteja controlada.

Dirigido por Joana Mariani, “Me chama que eu vou” invade a vida privada de Sidney Magalhães, dando chance para que ele exiba tudo aquilo que os fãs de Magal um dia gostariam de ver: a casa confortável com piscina (“que o grande público me deu”), a família feliz (“que eu tenho graças a mim mesmo”), a vasta coleção de fotos e de recortes de revistas e o closet repleto de paletós extravagantes — comparável ao de Cauby Peixoto.

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— Me impressionou o quanto a pessoa artística dele é descolada da pessoa física. O Sidney é paizão, tranquilo — conta Joana Mariani, que também é produtora (com Diane Maia) do filme de ficção “Meu sangue ferve por você”, sobre a história de amor de Magal e Magaly, baiana com quem ele é casado há 41 anos e com quem tem três filhos. — Esperamos começar a rodar em abril ou maio, com o José Loreto e Giovana Cordeiro nos papeis principais e a direção de Paulo Machline.

Ganhador de um kikito de melhor montagem em 2020 no Festival de Gramado, “Me chama que eu vou” é, segundo o cantor, “o primeiro e, espero, último documentário sobre mim”. Focado na intimidade do cantor, o longa não traz os tradicionais depoimentos de colegas de uma carreira de meio século:

— A minha sinceridade é mais importante do que tão somente ouvir pessoas falando sobre mim. Cantei no Maracanã para 250 mil pessoas, em Brasília para 150 mil. Mas falar disso não significa muito. O que significa mais, para mim, é mostrar por que segui esse caminho e por que vibro e deliro com essa paixão que as pessoas têm pelo meu trabalho.

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