Em comemoração aos 125 anos da Academia Brasileira de Letras, o Grupo Globo promove, na tarde desta segunda-feira, uma série de atividades reunindo acadêmicos e grandes nomes da teledramaturgia nacional nos Estúdios Globo, no evento "Do folhetim à novela".
Antes do início da programação oficial, os acadêmicos visitaram estúdios onde são gravados programas da emissora, como a novela "Pantanal".
- Primeiro, é muito impressionante a dimensão de tudo, de como é bonito. Quando vemos na televisão não temos ideia da complexidade que envolve essa alternância entre ambientes - diz Edmar Bacha, que ocupa a cadeira 40.
Um dos maiores economistas do país, considerado um dos pais do Plano Real, ele não nega qual foi seu principal pensamento:
- Fiquei calculando o custo de tudo.
'Grande sertão: Veredas" e "Memorial de Maria Moura"
Durante a tarde, a programação será aberta com discursos do presidente atual da ABL, o jornalista e ocupante da cadeira 31, Merval Pereira. Ele será acompanhado pela atriz e acadêmica Fernanda Montenegro, da cadeira 17, e pelo presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho. Haverá também a exibição de um filme em homenagem à "Casa de Machado de Assis", fundada no dia 20 de julho de 1897.
Na sequência, o ator Tony Ramos fará uma leitura dramatizada de passagens do “Grande Sertão:Veredas”, de Guimarães Rosa, outro grande nome da literatura nacional, que ocupou a cadeira 2.
Na sequência, haverá o bate-papo “O caminho da literatura à dramaturgia”, mediado pela jornalistaAline Midlej, com participação do escritor Geraldo Carneiro, acadêmico da cadeira 24, a atriz Lilia Cabral, o ator Tony Ramos e o especialista em teledramaturgia Mauro Alencar. “Memorial de Maria Moura”, obra de Rachel de Queiroz, a primeira mulher a entrar na academia, e que ganhou uma minissérie na TV Globo, também terá leituras dramatizadas.
A cantora Teresa Cristina comandará a parte musical, repleta de clássico de trilhas sonoras de novelas, como “Amarro o teu arado a uma estrela”, do músico Gilberto Gil (cadeira 20) e “Os sábios costumam mentir”, do poeta Antonio Cicero (cadeira 27).