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Por O Globo — Rio de Janeiro

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GERADO EM: 01/08/2024 - 20:00

Ativista indígena que recusou Oscar em 1973 falece

A ativista e atriz indígena Sacheen Littlefeather, que recusou um Oscar em protesto contra Hollywood em nome de Marlon Brando em 1973, faleceu. A Academia pediu desculpas em agosto por hostilizá-la e a convidou para falar sobre a história problemática do Oscar em um novo museu de cinema em Los Angeles. Littlefeather elogiou as mudanças desde então e enfatizou a importância do humor e da paciência diante do tempo decorrido.

Morreu neste domingo Sacheen Littlefeather, a ativista e atriz nativa americana que foi vaiada em 1973 ao recusar um Oscar em nome de Marlon Brando, em forma de denúncia ao ‘abuso histórico’ da indústria cinematográfica contra nativos americanos. Em agosto desse ano, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood emitiu um pedido de desculpas pela situação, ocorrida na premiação em 1973.

Na ocasião, a atriz e ativista indígena Sacheen Littlefeather foi vaiada ao recusar, em nome de Marlon Brando, o Oscar que ele havia recebido por "O poderoso chefão". O ator disse que a recusa era um ato de repúdio à atitude da indústria cinematográfica em relação aos povos nativos.

Littlefeather, que pertence às etnias Apache e Yaqui, foi hostilizada durante a entrega do Oscar de 1973 enquanto explicava por que Brando, a quem representava, não iria aceitar o prêmio de melhor ator por “O Poderoso Chefão” em protesto contra o tratamento dado aos nativos americanos pela indústria cinematográfica.

Mais tarde, ela disse que o astro de faroeste John Wayne teve que ser impedido por seguranças ao tentar agredi-la fisicamente, em um incidente que, desde então, atraiu comparações com o ataque de Will Smith a Chris Rock na cerimônia deste ano.

“O abuso que você sofreu por causa dessa declaração foi injustificado”, diz a carta de desculpas enviada em junho pelo então presidente da Academia, David Rubin. “A carga emocional que você viveu e o custo para sua própria carreira em nossa indústria são irreparáveis. Por muito tempo, a coragem que você mostrou não foi reconhecida. Por isso, oferecemos nossas mais profundas desculpas e nossa sincera admiração.”

A Academia divulgou a carta ao anunciar que Littlefeather foi convidada para falar em seu museu de cinema recém-inaugurado em Los Angeles em setembro. O museu prometeu enfrentar a “história problemática” do Oscar, incluindo o racismo. Uma tela já aborda o assédio de Littlefeather.

“Em relação ao pedido de desculpas da Academia para mim, nós somos pessoas muito pacientes, faz apenas 50 anos”, disse Littlefeather em um comunicado. “Precisamos manter nosso senso de humor sobre isso o tempo todo. É nosso método de sobrevivência. É profundamente animador ver o quanto mudou desde que eu não aceitei o Oscar 50 anos atrás. Estou muito orgulhosa de cada pessoa que vai aparecer no palco.”

A Academia mudou para enfrentar acusações de falta de diversidade racial nos últimos anos. Em 2019, a estrela de “O Último dos Moicanos”, Wes Studi, tornou-se o primeiro ator nativo americano a receber um Oscar, com um prêmio honorário reconhecendo sua carreira.

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