Cultura
PUBLICIDADE

A Mesa 8 da 20º Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) reuniu o carioca Geovani Martins e a americana Ladee Hubbard. O público lotou a tenda e aplaudiu muito dos dois romancistas, conhecidos por colocar as vivências da população negra no centro de sua ficção.

Cria das periferias do Rio e traduzido em diversos países, Geovani lança na Flip o romance "Via ápea", que tem a Rocinha como cenário. O autor acompanha o momento de ocupação de uma unidade pacificadora (UPP) na comunidade, e seu impacto na vida dos moradores. Ele abriu sua mesa lembrando o passado colonial de Paraty e a importância da homenagem a Maria Firmina dos Reis.

- Apesar de todo esse delírio colonial que Paraty evoca, estou feliz de voltar à Flip, especialmente sendo essa a primeira que homenageia uma mulher negra - disse. - Estou feliz de ser ator e testemunha desse momento.

Já Ladee lança "A talentosa família Ribkins", que acompanha a viagem de uma adolescente e seu tio pelos Estados Unidos. O convívio do tio lhe ensinará noções sobre pertencimento e sua negritude.

Ambos os livros partem de homenagens. Geovani dedicou "Vila Ápia" a Ecio Salles, criador da Festa Literária das Periferias (Flupp), morto em 2019. O evento foi responsável por revelar diversos autores oriundos da periferia, como o próprio Geovani.

- Falar do Ecio para mim sempre é uma emoção - disse Geovani. - É figura importante da minha vida.

O autor aproveitou para exaltar o legado da Flupp:

- Sou embaixador da Flupp, falo sobre ela em todas as entrevistas, uso a camisa em todos os lugares. Faço isso por carinho e nao porque me sinto obrigado. A gente ainda nao teve a distância para perceber o q é o tamanho desse evento na cultura brasileiro. Muito importante para entender a mudança do mercado editorial falar. E o Ecio é essa figura que acreditou nisso, há 10 anos, 15 anos.

Já Ladee contou que o personagem do tio no livro é bastante inspirado no seu próprio avô, lembrando que "A talentosa família Ribkins" é um romance de formação. No livro, a estrada é uma metáfora da história das relações raciais nos EUA.

- De muitas formas, o livro é uma homenagem ao meu avô - disse Ladee. - Eu era muito próxima dele e realmente penso muito na influência dele no livro. Assim como aquele homem de 72 e a sobrinha de 12 passei muito tempo andando no banco de trás com ele, pensando como gerações anteriores influenciaram o meu comportamento. Muitos tios e tias têm lições a ensinar sobre suas estratégias de sobrevivência. Sempre acreditam que há um caminho para frente quando são confrontados a obstáculos que tentam derrubá-los.

Mais recente Próxima
Mais do Globo

Marília Nery agradeceu carinho do clube com a família

'Em choque', diz mãe de Totói após Landim prometer título de sócio honorário para filho de Everton Ribeiro

Contrato é até junho de 2025, mas ele pode ser adquirido em definitivo em cado de 'determinados critérios desportivos' alcançados

Yan Couto é anunciado pelo Borussia Dortmund, após oficializar empréstimo do Manchester City

Brasileiro estreou pelo clube espanhol e foi descrito como 'sensação' da pré-temporada

No Real Madrid, Endrick revela para quais astros vai pedir conselhos e expectativa para 1º duelo contra Barcelona

Local é especializado em educação infantil

Após 60 anos, tem fim o espaço 'Tabladinho', na Lagoa

Um dos mais refinados solistas de atualidade, músico despontou internacionalmente em 1982, colaborou com os principais nomes da música clássica e acreditava no canto como meta do seu fraseado

Morre o violoncelista Antonio Meneses, aos 66 anos

Segundo comunicado da Guarda Revolucionária, Israel foi 'apoiado pelos Estados Unidos' no ataque

Guarda Revolucionária do Irã afirma que líder do Hamas morreu em ataque de 'projétil de curto alcance'

Atletas se enfrentam no início da tarde

Adversária de boxeadora da Argélia por medalha, húngara luta com gritos estilo Guga, do tênis

Cantor precisou cancelar show por recomendação médica

Lulu Santos é internado com sintomas de dengue no Rio de Janeiro

Erik Cardoso, Felipe Bardi e Paulo André não conseguiram se classificar para as semifinais da prova

Entenda por que a melhor geração de brasileiros dos 100m no atletismo termina os Jogos de Paris sem medalha