Cultura
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A escritora carioca Nélida Piñon, que morreu neste sábado, aos 85 anos, estava há três meses passando uma temporada em Lisboa. Lá, teve um problema de vesícula. Ao ser examinada, descobriu que estava com entupimento dos vasos biliares e, há 15 anos, precisou fazer uma operação. Segundo amigos, a escritora estava se recuperando bem da cirurgia, mas hoje, ainda no hospital, sofreu complicações e não resistiu.

Presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Merval Pereira lamentou a morte da colega e amiga.

- Nélida era uma pessoa queridíssima. Além de grande romancista, uma das maiores escritoras do Brasil, uma pessoa formidável que adorava a vida. Nos últimos anos, estava com um problema de visão, mas não deixava de ler nem de escrever, com letras imensas, e continuava indo à ABL - conta o presidente da ABL. - Ela era a minha secretária geral, saiu para ficar uns meses fora, em Portugal, e voltaria ao Brasil no início de 2023.

Nélida foi a primeira mulher a presidir a ABL.

- Ela era muito empenhada no feminismo moderno - observa Merval. - De alguma forma, embora fosse muito viva, de alguma forma já estava preparando a sua partida. Terminou de organizar o arquivo dela, doou livro, cartas, bilhetes, parte para a Fundação Cervantes, parte para a ABL - conta Merval.

A ABL está fazendo o translado do corpo, que será velado no Petit Trianon. A Sessão da Saudade será realizada na reabertura dos trabalhos, no dia 2 de março.

- Estamos em recesso de fim de ano, mas abriremos a casa para fazer o velório. E, em seguida, será sepultada no mausoléu da ABL no Cemitério São João Batista, onde já repousa a sua mãe (Olivia Carmen Cuiñas Piñon - conta Merval.

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