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Por The New York Times

Os advogados do ator Alec Baldwin apresentaram uma moção na terça-feira buscando desqualificar a promotora especial que fazia parte da equipe que apresentou acusações de homicídio involuntário contra ele pelo tiro fatal que matou a diretora de fotografia do filme "Rust". Com a medida, eles querem que a promotora seja considerada impedida de participar do processo.

A moção, apresentada no Primeiro Tribunal Distrital Judicial do Novo México, argumenta que o papel de Andrea Reeb como promotora especial viola a Constituição do Novo México porque ela também é membra eleito da Câmara dos Representantes do estado.

Mary Carmack-Altwies, promotora distrital do condado de Santa Fé, nomeou a Sra. Reeb para ajudá-la no caso.

"A parlamentar Reeb não tem permissão constitucional para atuar simultaneamente como legisladora e promotora especial", escreveu o advogado de Baldwin, Luke Nikas, na moção. "Fazer isso confere dois poderes centrais de diferentes ramos – legislar e processar – na mesma pessoa e, portanto, é barrado pela linguagem simples do Artigo III da Constituição do Novo México."

O processo é a primeira resposta legal substantiva da equipe de Baldwin desde que ele e Hannah Gutierrez-Reed, a armeira do filme, foram indiciados no mês passado. Os promotores os acusaram de não seguir os protocolos padrão de segurança do filme no set. A omissão teria, então, levado a morte da diretora de fotografia, Halyna Hutchins.

Reeb foi promotora distrital do Nono Distrito Judicial do Novo México antes de renunciar em março de 2022. Ela foi nomeada promotora especial para a investigação de "Rust" em agosto — dois meses depois de garantir a indicação republicana para a Câmara do Estado — e foi eleita para Legislativo em novembro.

Os legisladores do Novo México trabalham meio período e não recebem salário, de acordo com a Conferência Nacional de Legislativos Estaduais.

Em um comunicado, Heather Brewer, porta-voz dos promotores, disse que Baldwin e seus advogados poderiam "usar qualquer tática que quisessem para desviar a atenção do fato de que Halyna Hutchins morreu por negligência grosseira".

"O promotor distrital e o procurador especial permanecerão focados nas evidências e no julgamento deste caso para que a justiça seja feita", disse ela no comunicado.

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