Cultura
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Por Gustavo Cunha — Rio de Janeiro

A cantora Linn da Quebrada afirma que está "respirando um pouco mais aliviada" desde que foram anunciadas mudanças no documento de identificação dos cidadãos brasileiros. Na última sexta-feira (19), o Ministério da Gestão e Inovação comunicou que a nova carteira de identidade — que substituirá o Registro Geral (RG) e se chamará Carteira de Identidade Nacional (CIN) — passará a ser impressa sem a designação de "sexo" ou diferenças entre "nome" e "nome social". O governo ressalta que busca, assim, tornar o documento mais inclusivo às pessoas LGBTQIAP+ e evitar discriminações.

Os dois campos, aliás, não existiam no modelo antigo de identidade, emitido nas últimas décadas em todo o país, e haviam sido implementados após mudanças realizadas pela gestão de Jair Bolsonaro. A volta da ausência desses dois campos ("nome social" e "sexo") atende a um pedido do Ministério dos Direitos Humanos, com o objetivo de tornar o documento mais inclusivo.

— É uma decisão acertada, fruto da luta dos movimentos sociais organizados de travestis e pessoas trans no Brasil — comemora a atriz e cantora Linn da Quebrada. — A nova carteira tenta viabilizar menos constrangimentos. Sempre falei um pouco sobre como borrar essas fronteiras que tentam nos violentar. Sem dúvidas, precisamos ouvir as mulheres trans e travestis que estão encabeçando esses processos, elas podem nos ensinar muito mais do que imaginamos.

A cantora Linn da Quebrada — Foto: Reprodução do Instagram
A cantora Linn da Quebrada — Foto: Reprodução do Instagram

A artista, que se emocionou — em 2021 — ao receber a certidão de nascimento que oficializa seu nome (Lina Pereira dos Santos, no lugar de Júnior Pereira dos Santos), fala, ao GLOBO, sobre a importância de conquistas como essas.

— Não é apenas sobre o nome e a identidade, ainda que também seja em relação a tudo isso: é acerca da possibilidade de buscar e construir dignidade. Todo esse movimento está sendo estruturado pelas mãos das travestis, como sempre foi — diz ela, que ganhou projeção nacional após participar do "Big Brother Brasil 22". — É possível respirar um pouco mais aliviada quando temos uma Secretaria Nacional LGBTQIA+, que se importa conosco, no governo. Principalmente sendo encabeçada por uma travesti, que é a Symmy Larrat.

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