Cultura
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Por Alan Souza* — Rio de Janeiro

A pintura “Le Moulin de la Galette” (1970), do pintor espanhol Pablo Picasso (1881 - 1973), até hoje escondia um detalhe: um cachorrinho de cor alaranjada, encontrado à frente de uma mesa retratada na obra. A descoberta foi feita por pesquisadores do Museu Guggenheim, em Nova York, após uma pesquisa de conservação seguida pelo tratamento da arte. O animal estava coberto por uma tinta mais escura.

A descoberta se deu em razão da exposição que a instituição promove com obras do artista — um dos maiores e mais influentes do século XX— desde a semana passada. Em vídeo publicado nas redes sociais da agência de notícias britânica Reuters é possível ver o processo de pesquisa dos estudiosos.

“O tratamento revelou sutilezas antes ocultas na pintura de Picasso, incluindo pinceladas e paleta colorida. Além disso, imagens técnicas revelaram que em uma fase anterior a obra incluía um cachorrinho sentado em uma cadeira em frente à mesa na parte inferior esquerda da pintura”, disse o comunicado do museu.

O Museu Guggenheim expõe “Le Moulin de la Galette” na mostra O Jovem Picasso em Paris, em cartaz até agosto deste ano. A mostra homenageia o pintor, que morreu há 50 anos.

"Le Moulin de la Gallette" (1900), de Pablo Picasso — Foto: 2023 Estate of Pablo Picasso/Artists Rights Society (ARS)/Guggenheim Museum
"Le Moulin de la Gallette" (1900), de Pablo Picasso — Foto: 2023 Estate of Pablo Picasso/Artists Rights Society (ARS)/Guggenheim Museum

A obra mostra uma festa no famoso salão de dança de Paris. O lugar também já foi retratado em obras do francês Pierre-Auguste Renoir e do holandês Vincent van Gogh. Pessoas dançam e se divertem sob as luzes do espaço. Outras, estão sentadas à mesa com bebidas.

“À medida que a composição final evoluiu, o artista rapidamente cobriu o cachorro com pinceladas de tinta marrom, deixando o contorno de sua cabeça evidente e permitindo que dicas das cores usadas aparecessem. A ideia de Picasso era dar mais atenção para as figuras e o espaço ao eliminar o canino. No entanto, ele deixou pistas visíveis da mudança composicional, que se tornaria uma prática frequente do artista”, afirmou a instituição.

A descoberta foi feita a partir de uma técnica que usa fluorescência de raios-X. O procedimento permite o mapeamento de elementos químicos em uma pintura, segundo a conservadora sênior de pinturas do museu, Julie Barten.

— Foi interessante para mim que ele pintou apressadamente sobre este cachorro, o que teria sido um aspecto bastante atraente da composição — disse a especialista à CNN.

*Estagiário sob orientação de Daniel Biasetto

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