Para muitos, a libido está lá no pé. O jovem carioca Fernando (nome fictício), de 24 anos, entendeu isso com total clareza nos primeiros minutos de 2022. Em meio a uma festa de réveillon, observou dois amigos empolgadíssimos fotografarem, com o celular, os membros inferiores descalços. Ouviu, depois, a dupla celebrar: “Começamos o ano com R$ 6 mil na conta”. Não se tratava de brincadeira. Ambos haviam vendido on-line os tais cliques dos pés. A explicação era objetiva, como os rapazes reforçaram diante do colega: há quem só pense naquilo — sim, em pés — e pague quantias vultosas por imagens de tornozelos, calcanhares, solas e dedões.
Fetiche antigo e comum sobretudo entre homens, como destacam psiquiatras e psicanalistas, a podolatria — literalmente “adoração por pés” em grego — parece ter saído do armário (ou dos sapatos) de uns tempos para cá. Nesta semana, a cantora Anitta desamarrou tabus relacionados ao assunto depois de revelar que o namorado, o ator italiano Simone Sussina, beija, lambe e faz otras cositas más com os pés da brasileira, como a própria sugeriu.
Assim acontecia, na ficção, entre Maria Bruaca (interpretada por Isabel Teixeira) e Levi (Leandro Lima), na última versão da novela “Pantanal” (2022). E também entre a rainha Alicent Hightower (Olivia Cooke) e o lorde Larys Strong (Gavin Sopkes), na série da HBO Max “A casa do dragão” (2022), spin-off de “Game of thrones”. Isso sem falar em cenas de podolatria explícita dos filmes de Quentin Tarantino, fã de carteirinha.
![Simone Susinna posta beijando o pé de Anitta — Foto: Reprodução/Instagram](https://s2-oglobo.glbimg.com/0O3dmMY6NwPHJ1RXldoparIMLWs=/0x133:920x1518/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/M/A/ANkaiMTAuxS3cU8h4S6A/whatsapp-image-2023-07-09-at-08.24.56-1-.jpeg)
R$ 50 mil num ano
Compridos ou pequenos, finos ou grossos, limpos ou “chulezentos”, os pés andam na boca do povo. Nas plataformas de conteúdo erótico, como o OnlyFans, uma das preferências atualmente em alta é o “pack do pezinho”. Consiste num conjunto de fotos e vídeos de pés desnudados. De olho na oportunidade, muita gente — anônimos, celebridades, ex-BBBs — tem feito este novo teste do pezinho. Em vez de exporem bumbuns, seios e genitálias, entram de pé direito e esquerdo na história. E lucram com isso.
— É um universo meio bizarro e louco — pondera o jovem Fernando, citado no início deste texto, que faturou cerca de R$ 50 mil ao longo do último ano, após embarcar na onda dos amigos.
Profissional de Tecnologia da Informação, o rapaz hoje vive na Austrália, com parte da economia que acumulou com a podolatria. Em 2022, ele criou uma conta no Twitter e a abasteceu com imagens variadas dos seus pés, ressaltando que era heterossexual e que só estava em busca de dinheiro. Sem esconder o rosto, Fernando surgia nas fotos sempre vestido (“Me recuso a ficar pelado”, avisa), levantando as pernas, exibindo a sola enquanto mostrava o dedo médio...
De Cardi B a Bella Thorne, veja quem mais lucrou no OnlyFans entre 2022 e 2023
![Blac Chyna: US$ 20 milhões por mês — Foto: Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/n-CQ1lr33iMd2aNIDLfDWg7ogNA=/0x0:780x440/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/f/r/ZqBokBTs2p3xkXfCk7MA/blac-chyna.jpg)
![Blac Chyna: US$ 20 milhões por mês — Foto: Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/3_yxp6_a9BDFPC6InhtMQmSpwTI=/780x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/f/r/ZqBokBTs2p3xkXfCk7MA/blac-chyna.jpg)
Blac Chyna: US$ 20 milhões por mês — Foto: Divulgação
![Bella Thorne: US$ 11 milhões por mês — Foto: Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/ImK1vVhCc3SiLG0zPaYIWcCNp1g=/0x0:750x530/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/l/9/N33gNLR0SEowf4yDmjXw/bella-thorne.jpeg)
![Bella Thorne: US$ 11 milhões por mês — Foto: Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/LzDzGnnzYHm76wH5Dcm-ZAoWYNA=/750x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/l/9/N33gNLR0SEowf4yDmjXw/bella-thorne.jpeg)
Bella Thorne: US$ 11 milhões por mês — Foto: Divulgação
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![Cardi B: US$ 9,34 milhões por mês — Foto: Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/aVfbda2h3wSmaHZZxvQ6L4MVtZs=/0x0:800x600/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/m/H/bduh4aSGaD7DL7nU43ng/cardi-b-only-fans.jpg)
![Cardi B: US$ 9,34 milhões por mês — Foto: Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/HjMUMQneDTFrdTv8izUajIpkNf4=/800x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/m/H/bduh4aSGaD7DL7nU43ng/cardi-b-only-fans.jpg)
Cardi B: US$ 9,34 milhões por mês — Foto: Divulgação
![Mia Khalifa: US$ 6,42 milhões por mês — Foto: Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/0uFe3t_84cD3ilptyB3Gwi6xK0Y=/600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/A/G/0B75XERQqcDjoWHac2uA/72698501.jpg)
Mia Khalifa: US$ 6,42 milhões por mês — Foto: Divulgação
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![Erica Mena: US$ 4,49 milhões por mês — Foto: Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/IUfnh_dhXaMzLaBJTdsTd5vMgec=/279x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/Q/7/oJN9ATRqa3CmDDZ7ANIA/erica-mena-only-fans.jpg)
Erica Mena: US$ 4,49 milhões por mês — Foto: Divulgação
![Gemma McCourt: US$ 2,3 milhões mensais — Foto: Reprodução/Instagram](https://s2-oglobo.glbimg.com/KYFUEGTwt12xsuweRai-0bWEsWI=/757x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/q/E/lfG1AnRiAZ93CaFbBn7A/gemma-mc-court-onlyfans.jpg)
Gemma McCourt: US$ 2,3 milhões mensais — Foto: Reprodução/Instagram
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![Pia Mia: US$ 2,22 milhões por mês — Foto: Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/L3lZD5I8e-zEsNfG2L-v0S5xXkI=/1200x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/l/y/17p6LdRFiKi9yAyIyTwg/pia-mia.jpg)
Pia Mia: US$ 2,22 milhões por mês — Foto: Divulgação
![Safaree Samuels: US$ 1,91 por mês — Foto: Reprodução/Twitter](https://s2-oglobo.glbimg.com/gGkMii51D1Kcp7elErXpD34xuwg=/780x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/s/k/kLINC3Tm6x38jD1bh6Bw/safaree-samuels.jpg)
Safaree Samuels: US$ 1,91 por mês — Foto: Reprodução/Twitter
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![Mila Mondel: US$ 1,5 milhão por mês — Foto: Reprodução/Instagram](https://s2-oglobo.glbimg.com/xnMTXDnIcPbUWme7RR3GskYS6hw=/645x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/S/T/NGPukSRs6YUQ4A8S7ikQ/mila-mondell.jpg)
Mila Mondel: US$ 1,5 milhão por mês — Foto: Reprodução/Instagram
![Danii Harwood: US$ 1,4 milhão por mês — Foto: Reprodução/Instagram](https://s2-oglobo.glbimg.com/IiBt09ytlbOeVAVM6SFIqj5oQsY=/603x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/V/V/lnvOJhRD2U2JkPcXwyJw/danii-harwood-onlyfans.jpg)
Danii Harwood: US$ 1,4 milhão por mês — Foto: Reprodução/Instagram
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Era a isca. Logo, dezenas de podólatras — todos homens homossexuais, a maioria de Estados Unidos, Canadá e Europa — passaram a requisitar conteúdo exclusivo e sob demanda para Fernando. Os pedidos eram inusitados. Houve quem solicitasse que ele se filmasse esmagando um inseto. Ou que fingisse que era um gigante pisoteando a maquete de uma cidade. Um senhor que vive apenas com o cachorro, isolado numa fazenda na Carolina do Norte, nos EUA, desembolsou US$ 5 mil para que Fernando aparecesse numa chamada de vídeo, por Skype, para ambos conversarem e... mostrarem os pés.
— Paguei meu intercâmbio, treinei meu inglês e consegui fazer uma boa renda extra. Mas não quero mais. É muita coisa estranha... Uma vez, ganhei dinheiro para mostrar o pé e ficar rindo de um cara vestido de galinha que gritava “pó-pó-pó” para mim — diz o jovem, que preferiu manter a identidade preservada em respeito aos pais, que nunca o apoiaram nessa atividade. — Meus pais só sabem que não tenho o menor tesão em pé. Aliás, acho ridículo! Não vejo explicação.
Outros tempos
![Podolatria: adoração por pés — Foto: Unsplash/How Soon Ngu](https://s2-oglobo.glbimg.com/8jwww5fHdPfMZnoN9k05tTJY7Ok=/0x0:1188x2113/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/b/r/4lAwRwT1AYqor2Pho59w/pes.jpg)
Há apenas cinco anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) deixou de classificar a podolatria como uma doença — ou como um “transtorno parafílico”, na expressão médica. A teoria clássica da psicanálise associa a recorrência do fetiche à infância, período em que crianças estão sujeitas a desenvolver, ainda que inconscientemente, uma obsessão por pés, parte do corpo dos adultos mais facilmente visível por elas.
Uma pesquisa da Universidade de Bolonha entre participantes de comunidades on-line voltadas ao sexo mostra que podólatras representam pelo menos 30% dos fetichistas. Nos últimos três anos, o número cresceu, como avaliam especialistas. Coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da Universidade de São Paulo, a USP, a psiquiatra Carmita Abdo crê que, da pandemia para cá, a popularização de práticas de sexo virtual levou mais pessoas a se abrirem para novas possibilidades na cama (ou nas telas). Os estigmas, no entanto, persistem.
— Ainda é difícil alguém falar abertamente que tem fetiche por pés — afirma a psiquiatra, que atende casos parecidos de podólatras em seu consultório. — Hoje, a podolatria só é considerada um transtorno quando restringe a vida sexual de alguém. Muitos homens com essa condição só conseguem finalizar o ato sexual ejaculando sobre o pé de seu parceiro ou parceira. A situação é constrangedora às vezes. Para a maioria, resta então a internet, pela dificuldade de resolver a questão presencialmente.
![Performance de podolatria — Foto: André Coelho/Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/nBsEHI335xMqHUdXJHFmomL80Zw=/0x0:776x518/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/F/k/ZBnmjWSf66wf9OlyhJ3A/26902163-10112007-andre-coelho-rg-podolatria-encontro-de-podolatras-na-festa-desejo..jpg)
Criada em abril de 2020 — não à toa num dos momentos críticos da crise sanitária provocada pela Covid, que impôs o isolamento social —, a plataforma FeetFinder, a primeira especialmente dedicada a podólatras, cresce exponencialmente. Fundador e diretor executivo da marca, Patrick Nielson diz ao GLOBO que a rede social voltada para a compra e venda de conteúdo de podolatria já alcançou a marca de milhões de inscritos.
— Temos grandes planos para continuar crescendo, e não vislumbramos ainda nenhuma estabilidade em nossos números — avalia o americano. — E os brasileiros estão, de longe, entre os nossos principais usuários.
Festa temática
Fetichistas ouvidos pelo GLOBO indicam que, quase sempre, a palavra “podolatria” tem a companhia do termo “submissão”. Entre heterossexuais, a posição mais comum é a seguinte: aos pés de mulheres (chamadas de “rainhas”), os homens (ou “podos”) se entregam por inteiro — e são dominados por elas, com prazer.
No bar fetichista Dominatrix Augusta, em São Paulo, podólatras se reúnem mensalmente para uma festa temática. A prática é liberada no local, com regras detalhadas na entrada. Numa sala, enquanto as “rainhas” realizam performances — e são idolatradas —, sujeitos chupam os pés de moças; rapazes comem bolos esmagados por sapatos; senhores deitados formam tapetes humanos, onde desfilam saltos altos femininos; rapazes entregam seus genitais aos chutes de mulheres... Acredite: tudo acontece ao mesmo tempo.
— Aqui são 500 tons de cinza — graceja Fernanda Benine, uma das proprietárias do estabelecimento, há oito anos em atividade. — Não entendia nada desse universo. Mas, depois de meses trabalhando com isso, passei a ter outra percepção sobre as várias formas de prazer. Hoje, se vou num lugar “baunilha” (expressão do meio para designar quem não é fetichista), já acho entediante. E olha que sou “baunilha” (risos). Muitas pessoas associam podolatria a loucura e putaria. E não é nada disso! No bar, prezamos pelo respeito, pela consensualidade. A gente faz até workshops e eventos educativos.
![Uma das salas do Dominatrix Augusta, bar fetichista em São Paulo — Foto: Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/zCmXBtJF8WIthKqprO0Zefmrjws=/0x0:1280x853/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/U/C/jA51I3RL24TALtJxQ7gA/whatsapp-image-2023-08-13-at-10.01.49-1-.jpeg)
Dominatrix profissional há quase uma década, Mistress Charlotte, paulista de 36 anos que não revela o nome de batismo, atua como uma espécie de consultora para quem tem receio de colocar os pés a tapa (“Muitos casais têm medo de introduzir o fetiche, achando que a relação vai mudar”, ela explica). Charlotte faz de tudo. Oferece cursos, vende vídeos e fotos, realiza mentoria para aspirantes a dominatrix e realiza shows.
— Para ter uma renda legal, é preciso disciplina. Não basta fazer meia dúzia de fotos do pé e falar: “Agora vou viver disso”. Tem que entender como funciona a cabeça dos podólatras — conta ela, que normalmente cobra entre R$ 100 e R$ 3 mil por pacotes de conteúdos exclusivos. — Como já sou conhecida, não aceito todos os pedidos. Vou avaliando, sabe?
![Mistress Charlotte em ação: dominatrix realiza performances de podolatria em casa especializada, em São Paulo — Foto: Arquivo pessoal](https://s2-oglobo.glbimg.com/tQFT5NILPZB-uO5pzfzRT1aNI7w=/0x0:1024x683/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/C/f/KDIEKfTs2od9EgUBTUIg/whatsapp-image-2023-08-13-at-10.04.59.jpeg)
Conhecida pela alcunha de Mulher Melão, a modelo Renata Frisson — dona de um das contas no OnlyFans mais acessadas no país — coloca logo o pé na porta quando o assunto é o tal fetiche pelas extremidades dos membros inferiores. Ao telefone, ela avisa que acabou de sair do banho e está enrolada numa toalha. E que assim permanecerá até encerrar a ligação, pois gravará um conteúdo sensual na sequência. Ela gosta de ficar pelada. Por inteiro.
— Quer a verdade? Tem uma galera usando a podolatria como desculpa para abrir perfis em plataformas adultas. São pessoas que não querem mostrar o corpo todo, e aí apenas expõem os pés. Mas pode ter certeza: desse jeito, ganha-se pouco dinheiro — opina. — Tem homens que gostam de pé? Tem, claro! Mas a maioria quer ver o pé junto de outras coisas. É preciso pôr o “borogodó” para jogo. O que vale é a safadeza. Isso não muda.