Cultura
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Por O Globo — Rio de Janeiro

A atriz e apresentadora Drew Barrymore colocou um ponto final na onda de críticas que vinha recebendo, na última semana, com o anúncio da volta do seu talk show em meio à greve de atores e roteiristas de Hollywood. Neste domingo (17), ela anunciou que o programa não vai mais ao ar — ao menos enquanto durar a greve.

"Ouvi a todos e estou tomando a decisão de pausar a estreia do programa até o fim da greve. Não tenho palavras para expressar minhas mais profundas desculpas a qualquer pessoa que tenha magoado e, claro, à nossa incrível equipe que trabalha no programa e fez dele o que é hoje. Nós realmente tentamos encontrar nosso caminho a seguir. E eu realmente espero uma resolução para toda a indústria muito em breve", publicou Drew em uma rede social.

Drew Barrymore em publicação no Instagram neste domingo (17) — Foto: Reprodução/Redes sociais
Drew Barrymore em publicação no Instagram neste domingo (17) — Foto: Reprodução/Redes sociais

Nesta sexta-feira (15), Drew foi às redes para responder às críticas de colegas atores e roteiristas de Hollywood. No vídeo, com lágrimas nos olhos, a atriz explicou a sua decisão e disse que as suas intenções "nunca foram de perturbar ou machucar ninguém", além de confirmar que o programa iria mesmo voltar ao ar. Horas depois, no entanto, o vídeo foi apagado de seu perfil — assim como a publicação que continha o anúncio oficial do retorno do programa.

Durante a gravação da nova temporada do "The Drew Barrymore Show", que estava prevista para ir ao ar no próximo dia 18 de setembro, dois membros da plateia foram expulso por usar uma camiseta do sindicato dos roteiristas e fazer um protesto em defesa da paralisação.

Drew não estava violando a greve dos atores, uma vez que para a função de apresentadora, está sob um outro contrato, renovado em 2022. No entanto, a maioria dos talk shows americanos foram interrompidos por não contarem com roteiristas.

Por que os atores de Hollywood entraram em greve?

O Sindicato dos Atores (SAG) afirmou, em julho deste ano, que as negociações com a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), guarda-chuva que reúne Netflix, Amazon, Apple, Disney, Warner, NBC Universal, Paramount e Sony, não atenderam as demandas principais dos atores, sobre aumentos salariais e a ameaça representada pelo uso de Inteligência Artificial (IA) na produção de filmes, séries e programas para TV e streaming.

— Os estúdios afirmam que estão perdendo dinheiro enquanto dão salários de centenas de milhões de dólares para seus CEOs. É ofensivo. Eles estão do lado errado da história. Todo o modelo de negócio foi alterado pelo streaming, pela inteligência artificial, temos que bater o pé. Não vamos mais aceitar isso — afirmou Fran Drescher, presidente do SAG e atriz conhecida pelo trabalho em "The Nanny". — Vocês devem compartilhar a riqueza pois não podem existir sem nós.

Com a paralisação dos atores, o SAG se uniu ao WGA, Sindicato dos Roteiristas, que já estava em greve há dois meses. Pela primeira vez desde os anos 1960, Hollywood se vê diante de uma paralisação por completo.

De salário mínimo até saúde

Em junho, um grupo de mais de 400 atores — incluindo os vencedores do Oscar Meryl Streep, Jennifer Lawrence e Rami Malek — pediu aos líderes do SAG que adotem uma “linha mais dura”, uma vez que as negociações contratuais, segundo eles, já haviam atingido um “ponto crítico”. Eles têm reivindicado questões que vão desde salário mínimo até saúde.

No início de junho, os membros do sindicato votaram para autorizar a greve caso o comitê de negociação não chegasse a um acordo sobre o novo contrato com os principais estúdios de Hollywood até 30 de junho. O prazo foi prorrogado, e acabou se esgotando. Naquela semana, o presidente da organização, Fran Drescher, divulgou um vídeo em que disse estar conseguindo avanços importantes. A mensagem, no entanto, não agradou muitos atores, que já pediam que não fossem aceitos acordos que não representassem todas as suas demandas.

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