Cultura
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Por — São Paulo

A canadense Carly Rae Jepsen fez do palco principal, o Corona, do Primavera Sound uma pista de dança — com muito pop de jeitão oitentista, chuva de papel picado e sua voz que os inimigos chamariam de esganiçada, mas a multidão de fãs chamam de "original" — e é mesmo.

Carly reuniu uma multidão sob sol forte e recebeu o público com a música "Let's sort the whole thing out" — fruto de um álbum com canções de seu lado B que ficaram de fora do álbum "Dedicated", de 2019, mas que caiu no gosto do seu séquito de fãs.

Carly Rae Jepsen, em show no Primavera Sound, em São Paulo — Foto: Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo
Carly Rae Jepsen, em show no Primavera Sound, em São Paulo — Foto: Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo

Apesar de ter sido apresentada ao público global por meio do meteórico hit “Call me maybe” — um pop adolescente que viralizou na internet após vídeos de diversas personalidades fazendo dancinhas em uma era pré-TikTok —, Carly Rae Jepsen se tornou um ícone pop alternativo mediante seus álbuns seguintes, focado em um grupo mais restrito e mais velho.

E do alto de suas botas brancas, body de franjas e longa cabeleira loura, a moça sabia que o que se esperava dela nessa apresentação era justamente uma setlist dançante e divertida. E assim foi, sobretudo com “I really like you”, um pop rock de refrão meigo que repete “eu gosto muito muito muito de você”, a plateia entrou na onda e cantou junto. “Call me maybe” foi outro bom momento — também pela nostalgia que carrega.

De poucas palavras, a canadense diz que gostaria de voltar ao Brasil e ocupou o resto do tempo para enfileirar suas canções.

Ainda no departamento dançante, “Cut to the feeling” também concentrou um dos melhores momentos com um synthpop reimaginado para os anos 2010 — uma música de boate para um palco essencialmente roqueiro neste domingo (3). Figura como uma bela ousadia.

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