Cultura
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Por O GLOBO — Rio de Janeiro

Antes de ser solto pelos sequestradores, a última aparição pública do ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca, de 51 anos, havia acontecido na Tardezinha. No evento, ele compartilhou imagens feitas com Thiaguinho, no camarim do pagodeiro. Mas não é apenas como ouvinte que a vida do ex-atleta cruzou com o ritmo musical. No auge de sua carreira, ele foi um dos componentes do grupo de pagode gospel Divina Inspiração, do qual também fazia parte o volante Amaral.

Marcelinho Carioca atuava no Corinthians, camisa que defendeu de 1994 a 2001 — com um breve intervalo em 1997, quando jogou no Valencia, da Espanha. Já Amaral, foi bicampeão brasileiro pelo clube paulistano, em 1998 e 1999, quando se transferiu para o Vasco.

No álbum do Divina Inspiração, que chegou a vender 120 mil cópias, a voz de Marcelinho pode ser ouvida em duas canções: “Olhos Espirituais” ("Antes eu pensava/ Que felicidade/ Era ter um carro bom/ Era ter muito dinheiro / Era ter muitos amigos no mundo") e “Só Você Pode Ensinar”. Ele também era responsável pelo repique de mão, e Amaral tocava pandeiro.

Em uma recente participação no programa “The Masked Singer”, da TV Globo, Marcelinho afirmou, no entanto, que nunca tinha cantado em sua vida. Os internautas, atentos, logo foram às redes relembrar o álbum do grupo musical. Além deste lançamento dos anos 1990, são lembradas também as participações dos cantores em atrações comandadas por apresentadores como Xuxa, Fausto Silva, o Faustão, Eliana, Gugu Liberato e Hebe Camargo.

Mas a carreira de Marcelinho Carioca como pagodeiro gospel não foi muito para frente. Ainda em dezembro daquele 1999 recheado de sucesso, ele afirmou que deixaria o grupo para se dedicar exclusivamente ao trabalho nos campos de futebol.

"Montei a banda para ajudar amigos que estavam desempregados, passando fome. Mas sou um homem do futebol. Agora, vou pensar apenas em jogar e voltar à seleção. A banda vai continuar sozinha", disse Marcelinho Carioca ao jornal Folha de S.Paulo na época.

Mais tarde, dois integrantes alegaram que foram enganados por Marcelinho e entraram com um processo por danos morais contra o jogador. Em entrevista o "Resenha ESPN", Amaral cutucou Marcelinho Carioca: "Vendemos 500 mil cópias, e o Marcelinho pegou todo o dinheiro. Marcelinho, dá meu dinheiro!", brincou o ex-jogador.

Entenda

O ex-jogador foi solto por criminosos e chegou à delegacia de Itaquaquecetuba por volta das 14h20min desta segunda-feira. Marcelinho chegou à unidade policial em uma viatura da Polícia Militar, com o rosto coberto com uma toalha e acompanhado de uma mulher no banco de trás.

O ex-jogador de futebol estava desaparecido desde o último domingo, quando foi de carro para uma festa em Itaquera, Zona Leste da capital paulista. Um dos suspeitos de ter sequestrado Marcelinho, preso na tarde desta segunda-feira em Itaquecetuba, foi levado para um pronto-socorro assim que chegou à delegacia da Polícia Civil na cidade. Ele tinha um ferimento na mão, segundo um dos policiais militares que o colocou na viatura.

Mais cedo, o suspeito chegou junto de duas mulheres, que cuidavam do cativeiro onde Marcelinho foi mantido desde o último domingo, segundo a polícia.

O boletim de ocorrência foi registrado como desaparecimento de pessoa e localização de veículo na Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes (SP). O Sistema de Identificação Automatizada de Impressões Digitais foi acionado para apurar as circunstâncias e identificar os envolvidos.

Pix foi pista para encontrar suspeitos

Marcelinho desapareceu neste domingo, após ter participado de um show do cantor Thiaguinho, na véspera. A apresentação do pagodeiro foi na Neo Química Arena, estádio do Corinthians situado no bairro de Itaquera, na Zona Leste da capital paulista. O artista é corintiano.

Fontes ligadas à investigação dão conta que uma transferência de R$ 30 mil foi o caminho usado pela polícia para chegar aos três suspeitos presos. Ao chegar na casa onde morava o titular da conta para o dinheiro foi transferido, no Jardim Maia, extremo leste da capital, os policiais encontraram diversos cartões bancários. Ao serem ouvidos, eles disseram não saber mais informações sobre o jogador, apenas que disponibilizaram a conta para a transferência do dinheiro.

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