Cultura
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Por O GLOBO — Rio de Janeiro

O dia 1° de janeiro, sem dúvidas é especial, não apenas pela chegada de um Novo Ano, mas também porque diversas obras notáveis de todos os gêneros tornam-se disponíveis para o público em geral, uma vez que atingem o término de seus períodos de proteção. Em 2024, chegou a vez dele: Mickey Mouse.

A Walt Disney Company vai perder a capacidade de restringir o uso da imagem do personagem por parte de terceiros, uma vez que este ingressará no domínio público. Pela legislação norte-americana, o mascote, criado para um desenho animado em 1928, está programado para perder a proteção pelo direitos autorais. Teria a maioridade chegado para Mickey Mouse?

Com essa decisão, qualquer pessoa estará autorizada a usar a simpática figura do ratinho sem a necessidade de obter um contrato de licenciamento. Primeiro, é preciso ressaltar que não é toda versão do personagem que vai estar liberada dos direitos. Somente a representação do curta-metragem intitulado "Steamboat Willie", produzido em 1928, gozará de uso irrestrito por terceiros, justamente por completar 95 anos.

Mas como funciona isso? No Brasil também é assim?

Segundo a vigente legislação de propriedade intelectual dos Estados Unidos, personagens e outras obras artísticas deixam de ser exclusividade de seus criadores após transcorridos 95 anos de sua concepção.

Uma das primeiras imagens de Mickey, criado em 1928 Reprodução — Foto: Reprodução
Uma das primeiras imagens de Mickey, criado em 1928 Reprodução — Foto: Reprodução

Em 1995, os EUA estabeleceram um prazo maior para que seus produtos culturais entrassem em domínio público. O intervalo de quase um século foi uma atualização à determinação anterior, de 70 anos após o nascimento da obra.

O que coincide com o prazo do Brasil. Aqui, propriedades intelectuais ficam irrestritas após se tornarem septuagenárias. A proteção aos direitos autorais brasileiros perdura por setenta anos, contados do primeiro dia do ano seguinte ao da morte do autor.

Mickey e Walt Disney — Foto: Divulgação/Disney Brasil
Mickey e Walt Disney — Foto: Divulgação/Disney Brasil

"É claro que continuaremos a proteger nossos direitos nas versões mais modernas do Mickey Mouse e em outras obras que permanecem sujeitas a direitos autorais", diz a Disney à agência de notícias Associated Press.

Esta declaração da empresa diz respeito ao fato também ao fato de que a perda da exclusividade se trata um modelo muito inicial do desenho animado. Além de ser de uma versão ainda reproduzida em preto e branco, o Mickey de 1928 também não tinha voz, por exemplo.

Mickey Mouse — Foto: Drew Angerer/AFP
Mickey Mouse — Foto: Drew Angerer/AFP

A decisão faz jus à maneira como a Disney se preparou para este momento. Segundo a empresa, há outras maneiras de proteção do personagem como, por exemplo, usar as regras diferentes dos copyrights para registrar marcas comerciais a partir dos desenhos.

"As versões mais modernas do Mickey permanecerão inalteradas e Mickey continuará desempenhando um papel de destaque como embaixador global para a Walt Disney Company em nossas narrativas, atrações de parques temáticos e produtos", afirma a empresa.

Em maio de 2022, o senador republicano Josh Hawley, do Missouri, ganhou as manchetes após ameaçar mudar lei para antecipar fim dos direitos da Disney sobre o Mickey Mouse. Hawley propôs um projeto que limita a proteção de direitos autorais a 56 anos e faz essa mudança ser retroativa.

Assista ao curta 'Steamboat Willie'

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