Cultura
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Por , Em The New York Times

Procura-se alguém para restaurar a confiança de um dos museus mais visitados do mundo após um escândalo embaraçoso, lidar com pedidos de restituição de obras e arrecadar US$ 1,27 bilhão para uma grande reforma. Salário: US$ 275 mil por ano — cerca de R$ 1,3 milhão.

O Museu Britânico, em Londres, iniciou semana passada a busca por um novo diretor. Há quatro meses, o alemão Hartwig Fischer renunciou ao cargo que ocupava desde 2016 depois que a instituição anunciou que um de seus curadores havia simplesmente saqueado cerca de 1.500 itens de seu acervo — depois, ele vendeu alguns no site eBay. Em setembro, Mark Jones, ex-líder do Victoria and Albert Museum, foi nomeado como diretor interino.

O candidato ao cargo deve ter uma “visão do futuro do Museu Britânico e de seu propósito como entidade nacional e global no século XXI”, diz o anúncio da vaga, omitindo que ele também deve ser capaz de lidar com uma série de problemas que afetam a solene instituição, o terceiro museu de arte mais frequentado do mundo, com cerca de quatro milhões de visitantes por ano, atrás apenas do Louvre (nove milhões) e do Museu do Vaticano (cinco milhões).

Além das consequências do roubo escandaloso, que prejudicou o moral dos quase mil funcionários da instituição, o escolhido terá que administrar vários pedidos de devolução de artefatos históricos a seus países de origem, incluindo centenas de bronzes do Benin e as esculturas do Partenon, retiradas de Atenas.

O novo diretor também precisará liderar os esforços de captação de recursos para um projeto de reforma que envolve a reorganização das galerias do museu e melhorias no encanamento, no aquecimento e no telhado com vazamentos. Segundo o Financial Times, esta empreitada custará um bilhão de libras (cerca de R$ 6,2 bilhões).

Em outubro, George Osborne, presidente do museu, disse aos legisladores britânicos que encontrar o candidato certo para dirigir a instituição era “um trabalho muito, muito complicado”. Por ser também uma organização de pesquisa, acrescentou Osborne, o candidato escolhido precisaria “contar com o respeito da comunidade acadêmica”, além de ter experiência em “gerenciar organizações grandes e complexas”.

Vale lembrar que os US$ 275 mil anuais são uma quantia irrisória se comparada aos salários pagos aos diretores de instituições americanas equivalentes. O Metropolitan Museum of Art, em Nova York, paga a Max Hollein, seu diretor, um salário-base de US$ 1 milhão, de acordo com os registros fiscais. Nos Estados Unidos, alguns diretores de museus também recebem moradia de luxo, além do salário.

Mesmo com rendimentos abaixo do que paga o mercado e dificuldades que instituições do mesmo porte não enfrentam, não faltam interessados no desafio. Os observadores do setor apontam um trio de favoritos ao cargo: Ian Blatchford, que dirige o Science Museum, em Londres; Nicholas Cullinan,à frente da National Portrait Gallery, também na capital britânica e onde comandou uma reforma multimilionária; e Taco Dibbits, diretor geral do Rijksmuseum, em Amsterdã, que supervisionou algumas das exposições mais comentadas da Europa recentemente, incluindo uma retrospectiva de Vermeer em 2023.

Procurados, nenhum dos três quis falar para esta reportagem. E pode ser que o escolhido não seja nenhum deles, a se julgar por recentes nomeações de alto nível para museus americanos. No ano passado, por exemplo, o Museu Guggenheim nomeou Mariët Westermann, vice-chanceler da NYU Abu Dhabi, como sua nova líder. O próprio anúncio da vaga informa: “somos agnósticos quanto ao tipo de candidato que estamos procurando, seja ele alguém de dentro ou de fora do setor de museus”.

Interessou? Então, atenção: candidatos têm menos de duas semanas para se candidatar ao cargo. A data final para envio de currículos é 26 de janeiro.

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