Cultura
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A atriz francesa Judith Godrèche apresentou queixa contra o diretor de cinema Benoît Jacquot, 25 anos mais velho que ela. A artista o acusa de estuprá-la com violência quando ela era adolescente, afirmou sua advogada, nesta quarta-feira (7).

A relação entre os dois começou na primavera de 1986, quando Godrèche tinha apenas 14 anos, e terminou em 1992. Godrèche disse que permaneceu "sob seu controle" por seis anos, estrelando dois filmes que ele dirigiu, "Les Mendiants" ("Os Mendigos") em 1988 e "La Desenchantee" ("Os Desencantados") em 1990.

Em uma reportagem publicada nesta quarta-feira (7), o Le Monde reconstruiu a conturbada relação a partir de entrevistas com Godrèche, Jacquot e pessoas próximas do casal.

Sadismo

A atriz afirma que o diretor teve sua primeira relação sexual com ela aos 14 anos, o que é proibido pela lei na França. Jacquot insiste que a relação só aconteceu depois dela ter completado 15 anos, o que seria legal.

Em mais de uma ocasião ele a teria colocado em situações que deixaram Godrèche aterrorizada. Em uma delas, Jacquot convidou a adolescente para uma "festa do pijama" com o filho de uma amiga em seu quarto. Em seguida a teria obrigado a fazer sexo enquanto o outro jovem dormia na mesma cama.

Pouco tempo depois, para lhe explicar o significado de "sadismo", ele a levou para assistir "O império dos sentidos", filme com cenas de sexo proibido para menores de 15 anos. Ela conta ter saído em choque do cinema.

Um dia, Jacquot lhe teria proposto um "jogo sexual". "Tenho que ficar na escada de costas para ele e fechar os olhos. Ele pega o cinto e começa a me chicotear. Deixei ele fazer isso uma vez, duas vezes, mas não consigo”, denunciou a atriz. Apesar dos protestos, ele teria lhe amarrado às grades do mezanino com o cinto".

Ao Le Monde, Jacquot negou qualquer forma de brutalidade, afirmando que a relação dos dois era “amorosa”.

Orgasmo obrigatório

Judith Godrèche contou que o companheiro a fazia praticar atos orais-genitais que a “enojavam”. Quando ficava menstruada, esses atos se tornavam “obrigatórios”. “No meu aniversário de 15 anos ele decidiu que eu tinha que gozar quinze vezes, não havia escolha. Eu finjo o mais rápido possível".

Agressões

aquele inverno de 1988, Godrèche acompanhou o companheiro aos Estados Unidos, onde ele iria filmar um documentário sobre o pintor americano Robert Motherwell. Durante um encontro profissional com Benoît Jacquot em um bar, a jovem de 16 anos fez muito barulho bebendo uma coca-cola com canudo. Na saída, “ele me deu um soco no nariz e depois foi embora. Eu fico ali, em silêncio, na Broadway. Uma mulher passa por mim e me diz em inglês: 'Você está bem, querida? Você não deveria deixar ninguém te tratar assim'.

Em 1991, Jacquot teria dado um tabefe na jovem após a cerimônia dos Césars (o Oscar francês). Ela concorria ao prêmio de melhor atriz por seu papel em "La Désenchantée", mas perdeu. Ao voltar para casa desconsolada e aos prantos, teria sido agredida pelo marido, que também a teria chamado de "lamentável".

Segundo ela, a brutalidade física só aumentou a partir daí. “O último ano virou um inferno, ele era violento e me batia", disse ao jornal.

Dependência

Após acabar o colégio, em 1989, Jacquot decidiu que ele e Godrèche deveriam comprar um apartamento. Como ele não tinha dinheiro suficiente, convenceu o pai da companheira a emancipá-la para que pudessem pagar o imóvel. A atriz conta que a partir daí ela teria mergulhado numa relação de dependência, onde até mesmo a comida era racionada. Segundo relato de sua mãe, Godrèche precisava pedir autorização a Jacquot até mesmo para passar o natal com a família. Após a separação definitiva do casal, em 1992, ele continuou morando no apartamento por muitos anos.

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