Cultura
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Por — Rio de Janeiro

Paolla Oliveira já recuperou a voz que a maratona carnavalesca havia lhe roubado. A rainha de bateria da Grande Rio já está, inclusive, com roupa de ir para o Desfile das Campeãs, no próximo sábado (17), na Sapucaí.

A atriz falou ao GLOBO sobre suas expectativas para o encerramento do maior carnaval da Terra, revelou os desafios por trás da máscara de onça que limitava sua visão e o momento mais emblemático que viveu na Avenida.

Contou ainda o que o namorado, o cantor e compositor Diogo Nogueira, lhe disse após o desfile em que brilhou demais.

Paolla, sobretudo, enalteceu as mulheres que a inspiram: da avó de 80 anos, que lhe deu um conselho valioso antes da Avenida, à Eloina dos Leopardos, a travesti que fez história como rainha de bateria na Sapucaí.

Um posto no qual Paolla vem fazendo bonito há alguns anos. Neste carnaval de 2024, podemos dizer que Paolla foi um dos maiores acontecimentos da folia na Sapucaí. Não à toa. Ela preparou o terreno.

Desde que começou os preparativos que culminaram em sua apresentação para a Grande Rio, no último domingo (11), a atriz apresentou ao público sua rotina registrada em fotos e vídeos – além de uma série intitulada “CarnaPaolla” com alguns de seus aprendizados e observações.

O resultado foi superlativo: só o vídeo do desfile como rainha de bateria acumula, até o momento, mais de 60 milhões de visualizações, o que o torna o conteúdo mais assistido das redes no carnaval.

Após a publicação do tal vídeo, ela conquistou mais 400 mil seguidores no Instagram. O total dos vídeos somados ultrapassa a marca de 170 milhões e outras dezenas de milhões de comentários em cada postagem.

Paolla não é boba nem nada e vai transformando esse engajamento todo em dinheiro. Na folia, se reafirmou como um dos nomes mais cobiçados da publicidade brasileira. Entregou mais de 11 milhões de visualizações para as marcas que representou.

Veja abaixo a entrevista:

Paolla Oliveira — Foto: Divulgação / Marina Zabenzi
Paolla Oliveira — Foto: Divulgação / Marina Zabenzi

O que você viveu de mais especial no desfile da Grande Rio?

Uma história da Avenida bonitinha foi quando eu estava no início, numa adrenalina que a gente não sabe se é nervoso ou ansiedade, e parei na primeira cabine de jurados, muito importante para a bateria. Não conto ponto, mas me sinto tão parte que a minha apresentação tem que ser maravilhosa. Olhei para o lado, à direita, e vi todos os meus irmãos, parentes, afilhado. Estavam embaixo dos jurados. Ali virei onça mesmo. Falei: “Agora vou fazer esse negócio dar certo”. Baixou. Foi uma das vezes mais emblemáticas em que usei a máscara (de onça). Inclusive, é esse momento que está no vídeo que bateu 60 milhões de visualizações. A hora em que eu estou ali na frente. Sendo julgada, de alguma maneira, com a minha bateria, mas também sendo amada pelo meu povo. A vida, para mim, é isso: você pode estar exposta por um lado, mas tem sempre algo que te fixa no chão e te dá força.

Foi tranquilo de respirar com aquela máscara de onça? Ela limitou seus movimentos?

Respirar foi tranquilo. Difícil foi me achar. Era muito fechada e ainda tinha luz de LED no olhos. Quando ela baixava, eu enxergava pouquinho, só para me localizar. Mas sabia disso desde o começo, fui avisada. Quando me proponho a fazer algo, a dificuldade é menor diante da vontade de dar certo.

Paolla Oliveira — Foto: Divulgação /Felipe Braga
Paolla Oliveira — Foto: Divulgação /Felipe Braga

Mas, neste caso, o sucesso não dependia só de você...

A gente fica apreensiva. Será que vai funcionar? Vai travar? Quando está no meu samba no pé, no carisma, a gente dá um jeito, mas quando há um mecanismo que não depende só de mim... Bom que foi tudo lindo. Fiquei chocada quando me vi num vídeo correndo pela Avenida. Há coisas que não tem como explicar, só vivendo mesmo. De máscara ou sem máscara, a energia ali toma conta.

Qual é a sua musa carnavalesca de todos os tempos?

Com a experiência que tenho tido no carnaval, o convívio com a comunidade da Grande Rio, meu referencial mudou completamente. Admiro quem está criando o carnaval o ano inteiro, as mulheres incríveis que estão ali fazendo a sua parte: costureiras, musas, passistas, diretoras de ala. Há pouco tempo, ouvi a história de Eloina dos Leopardos, travesti linda, reconhecida como a primeira rainha do carnaval, que tem essa transgressora, de aceitar todos os corpos. Me emociono com a história dela. Admiro desde a primeira, que trouxe esse nome para o posto, junto com Joãozinho Trinta, de quem também sou fã, até as outras mulheres que vivem o carnaval com intensidade.

E na vida, que mulheres te inspiram?

Em primeiro lugar, as que estão próximas a mim. Há mulheres muito potentes na minha família. Minha mãe se formou depois dos três filhos criados, com 60 anos, em medicina. Está clinincando. Tenho uma tia que cuida de tudo que é meu, que trabalhava na roça. Tenho uma avó com 80 anos lúcida que me fala: “Brilha no carnaval”. Brinquei dizendo que estava com pouca roupa e ela: “Não tem problema, tem que ir como quiser”. Fora essas, as mulheres que fazem movimentos na Internet e na vida, que não se calam e estão aprendendo a expor situações que podem salvá-las e salvar quem as está ouvindo.

O que seu namorado, Diogo Nogueira, disse quando você saiu da Avenida?

Ele me ligou emocionado, falando que tinha sido lindo e que eu era uma onça braba mesmo. Que a Grande Rio tinha passado maravilhosamente bem.

Qual a expectativa para o Desfile das Campeãs?

As campeãs é uma festa. O valendo já foi, teve a apuração, tristezas, lágrimas. Agora é se sentir honrado de voltar entre as seis melhores escolas de um carnaval que está cada dia mais lindo. Vai ser leve, solto, a Grande Rio vai fazer um desfile melhor ainda do que o oficial.

Qual é o saldo do carnaval 2024? Você sai dele diferente, com aprendizados?

O saldo vem sendo positivo desde o dia em que me propus a fazer mais uma maratona. Porque procuro entrar com alegria, emoção. Com vontade de estar ali. Mas esse carnaval, sem dúvidas, foi diferente. Diferente porque me sinto diferente, mais à vontade, com mais coragem, mais confiante de quem sou, do lugar que posso ocupar, principalmente como mulher. O aprendizado, pra mim, tem a ver com liberdade: quando a gente se permite ser quem é, as pessoas percebem. É claro que tem um preço. Mas, depois de tantos anos de uma carreira pública, posso dizer que prefiro ser livre a virar refém de um personagem ou do que as pessoas esperam de mim.

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