Cultura
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Por — Frisco, Texas*

Para além dos truques de trapézio, saltos em distância e da impressionante escalada em uma torre de cadeiras encaixadas uma a uma, a companhia multinacional de espetáculos Cirque du Soleil decidiu elevar ainda mais o nível de dificuldade de seu show e desenvolveu um espetáculo que inclui patinação (com manobras elaboradas) no gelo. Chamada Crystal, a apresentação faz parte do catálogo da companhia desde 2017, mas será vista pela primeira vez no Brasil a partir de junho, com datas no Rio (entre 13 e 23 de junho na Rioarena) e em São Paulo (entre 5 de julho e 6 de outubro no Parque Villa-Lobos).

No enredo, o público é apresentado à Crystal, uma jovem que enfrenta conflitos absolutamente particulares ao amadurecimento: caso da dificuldade de conectar-se com parentes, bullying escolar e a busca pela própria identidade. Com a ajuda de um bocado de fantasia,— o que inclui um mundo paralelo que a jovem descobre ao mergulhar em lago de gelo— o enredo se baseia em cerca de 1h30 de acrobacias diversas, que ocupam o solo congelado, rampas de patins suspensas e estruturas pendulares presas ao teto.

Em cena, revezam-se 44 artistas, entre patinadores e acrobatas. Parte deles conta com um aparelho de GPS preso ao figurino, o que permite de que 28 projetores de vídeo acompanhem seus movimentos no palco, criando bonitos cenários que brotam aos olhos e desaparecem em segundos.

A habilidade vista em palco, vale dizer, não foi gestada somente pela própria companhia: para compor Crystal, a equipe lançou mão de atletas de patinação tanto para as coreografias de solo, com piruetas e passos que lembram uma dança, como para o episódio mais “radical”, em que rapazes trajados como jogadores de hóquei pululam no ar.

— Sempre estive cercado de outros patinadores, então normalmente não havia pessoas sendo alçadas ao ar (na pista). Não é normal para nós, patinadores, ver tantas coisas acontecendo sobre as nossas cabeças — diverte-se Michael Helgren, um dos performers solo da atração e foi competidor da modalidade nos Estados Unidos.

Embora já tenha sido visto por mais de 2 milhões de pessoas globalmente, o espetáculo segue sob ajustes em seu enredo. É o que conta a diretora artística Crystal Manich (que, apesar de ter o mesmo nome do espetáculo, entrou quando ele já estava viajando o mundo). A profissional, que passou a liderar a equipe do espetáculo no último mês de novembro, diz querer ajustar alguns “fios soltos na narrativa”, embora não planeje fazer mudanças substanciais nas acrobacias, nem nos shows.

— Já mudamos algumas coisas e vamos ajustar ainda o final do show. É desafiador o balanço entre a história que estamos contando e os aspectos técnicos exigidos para a exibição — diz Crystal, a diretora. — O enredo é sobre uma adolescente, já vimos muitas histórias sobre essa fase da vida, mas não no Cirque. Acho que muitas pessoas podem se conectar com essa coisa de ter sido motivo de piada na escola, ou da desconexão com os pais. É um show que fala sobre a criação de um artista.

Embora a história pareça um tanto mais profunda do que normalmente se vê em atrações infantis, o show consegue ser atrativo às crianças, justamente pelo potente efeito visual causado pelas projeções em vídeo, pelos bonitos números de dança e por conta de um amalucado palhaço que vez ou outra aparece no intervalo das cenas, deslizando sobre patins e protagonizando quedas (ensaiadas, é claro), com a única função de despertar risadas. Os adultos, por sua vez, não devem ficar deslocados na apresentação: pois há momentos em que a alta performance corporal dos artistas impressionam, caso da cena com trapézio entre a protagonista e um rapaz que faz as vezes de seu par romântico.

Crystal: espetáculo dá à patinação ares de megaespetáculo artístico — Foto: Reprodução
Crystal: espetáculo dá à patinação ares de megaespetáculo artístico — Foto: Reprodução

‘Megatenda’ em SP

Toda a inventividade também inaugurou desafios, principalmente no que se refere aos meses de estadia da atração em São Paulo. Para a estrutura de patinação do Parque Villa-Lobos, será preciso montar uma tenda de 20 metros de altura e capacidade para 3,5 mil pessoas sentadas, maior do que a ocupação que um espetáculo do tipo costuma praticar no país.

A organização não abre valores, mas estima que investiu para a chegada de Crystal ao Brasil quase o dobro do praticado em um show do Cirque “tradicional” .

— O gelo é o maior chamariz, vamos dizer que estamos quebrando a barreira do gelo. Mas é mais que isso, as projeções são muito impactantes— diz Stephanie Mayorkis, da IMM, realizadora dos espetáculos do Cirque du Soleil no Brasil. — Estamos há quase dois anos trabalhando para viabilizar a vinda do espetáculo. É um desafio a parte.

As vendas de ingressos começam na próxima quinta para clientes do cartão Porto Bank. A partir de 12 de março, o público em geral poderá adquirir seus tickets.

*A repórter viajou a convite da IMM, que traz o Cirque du Soleil ao Brasil.

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