Neste sábado, a um dia do Oscar, a revista "Variety" relatou em reportagem que um roteirista, Simon Stephenson (de "Luca", "Wonka"e "Paddington 2"), levantou acusações de que o roteiro de Alexander Payne o filme "Os rejeitados", indicado a cinco prêmios (incluindo o de melhor roteiro), é “plagiado linha por linha” de um roteiro seu não produzido, do filme "Frisco".
- 'Os rejeitados': Após esquecer clientes, cinema do RJ prepara 'festa do pijama' para público passar a noite no local
- Framboesa de Ouro 2024: Veja os vencedores da premiação dos 'piores' do ano em Hollywood
Segundoa revista, no dia 12 de janeiro, Stephenson enviou um e-mail para Lesley Mackey, diretora sênior de créditos do Writers Guild of America, pedindo para marcar uma ligação a fim de discutir um assunto importante. O roteirista teria escrito: “Encontrei um problema relacionado aos créditos em um projeto de alto perfil coberto pela WGA”.
De acordo com a troca de e-mails obtida com exclusividade pela "Variety", ocorreu uma ligação entre os dois e, em uma carta de acompanhamento, Stephenson escreveu: “a evidência de que o roteiro remanescente foi plagiado linha por linha de 'Frisco' é esmagadoramente esmagadora – qualquer um que olha até mesmo para a mais breve amostra invariavelmente usa a palavra 'descarado'”.
Segundo a reportagem, no centro da reclamação de Simon Stephenson está a alegação de que Alexander Payne teve o roteiro de “Frisco” em mãos em 2013 e novamente no final de 2019, pouco antes de Payne abordar David Hemingson (roteirista de "Os rejeitados") sobre a colaboração em um projeto. Essa afirmação parece ser apoiada por e-mails envolvendo diversas agências e produtores de Hollywood.
Enquanto a trama de “Frisco” é centrada em um pedriatra de meia-idade, cansado do mundo, e em seu paciente de 15 anos a quem tem que acompanhar, “Os rejeitados”, de David Hemingson, gira em torno de um professor de meia-idade, cansado do mundo, e o aluno de 15 anos de quem tem que cuidar durante o intervalo de fim de ano num internato.
Payne e Hemingson não quiseram comentar a acusação. Stephenson confirmou a autenticidade dos e-mails, mas recusou-se a fazer mais comentários.