Cultura
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Por — Rio de Janeiro

Bruna Lombardi é uma celebridade à moda antiga. Você não a verá expondo assuntos íntimos nas redes e muito menos alimentando o ciclo de notícias virais com declarações bombásticas. Mas isso não significa que a atriz, de 71 anos, ícone da beleza e famosa por diversos papéis na TV e no cinema, não goste de se comunicar com os fãs. Ela se aproxima do público através da escrita, compartilhando suas ideias sobre a vida e espalhando as marcas de sua curiosidade insaciável.

São 12 livros publicados pela atriz e escritora até agora — o mais novo deles, “Manual para corações machucados”, reúne 88 crônicas sobre amor, desejo, sexualidade, casamento, tecnologia, natureza e muito mais. O lançamento será no próximo dia 25, na Livraria da Travessa do shopping Leblon. No dia 1º, às 11h, ela participa da Bienal do Livro Bahia, em um bate-papo com a jornalista Rita Batista na mesa “A insustentável leveza do ser”. Antes disso, neste domingo (21), o público poderá vê-la no júri do Dança dos Famosos, no "Domingão com Huck".

— A paixão pela descoberta é o que me move. Quando você tem essa característica na vida, você está sempre ligado. Eu me interesso por neurociência, me interesso por física, me interesso por coisas que estão fora da minha esfera. O interessante é que tanto o Rick (o ator Carlos Alberto Riccelli, com quem vive há 46 anos), o meu companheiro de vida, quanto o Kim (o filho do casal, de 43 anos) têm essa mesma curiosidade. A gente está sempre visitando lugares novos, exóticos, estudando, buscando coisas... Não consigo imaginar minha vida sem isso.

Em uma das crônicas, a atriz lembra da estadia na aldeia Yawalapiti, no Xingu, para as gravações da novela “Aritana”, da extinta TV Tupi, exibida em 1978. A convivência com povos indígenas foi uma experiência transformadora, que fez a atriz descobrir “a infinita dimensão do amor”.

A incursão pela floresta também marcou o início do relacionamento com Riccelli, que fazia o papel do cacique Aritana na produção. Décadas depois, a vida com Riccelli continua evoluindo. O lema do casal é: “Casamento só é bom quando melhora”. Não por acaso, o tema do amor atravessa o livro.

Sem autoajuda

Bruna não é coach nem tem pretensão de escrever autoajuda, mas viveu o suficiente para oferecer insights sobre a sorte de um amor inquieto — porque em constante movimento — e tranquilo — porque satisfeito com suas escolhas. É alguém que aprendeu a importância de escutar o outro e discutir a relação, de manter acesa a chama do desejo, da liberdade de ser ela mesma. Tudo isso tendo a confiança como “sentimento chave”, como ela explica no livro.

— Na vida não existe pessoa bem resolvida, essa pessoa que do nada está toda bacanuda — diz Bruna. — O que existe é uma sucessão de escolhas. Se você não estiver atento é possível que você escolha coisas que te deem uma balançada geral, é possível que você caia em ciladas várias, e é possível que tudo isso seja um aprendizado. É a atenção associada à escolha.

O livro é também o olhar de uma geração sobre a sexualidade e o desejo. Bruna vem de uma época em que se falava menos de sexo, mas talvez se fizesse mais — pelo menos é o que apontam pesquisas sobre os hábitos dos jovens nascidos de 2000 em diante. Aliás, a própria autora conta que muita gente (de todas as idades) lhe escreve dizendo que perdeu o tesão nesses tempos difíceis — “tanto no sentido figurado como literal”.

— Olha, eu acho que o sexo é uma energia muito poderosa, né? — diz a atriz. — Mas acho que hoje em dia ele está muito banalizado. As pessoas consomem sexo de uma forma muito frenética e isso pode levar a um vazio existencial, porque você está consumindo um negócio, mas ele não está preenchendo um espaço dentro de você.

Atenta a tudo que acontece no Brasil e no mundo, Bruna aproveita a entrevista para comentar sobre as censuras ao premiado romance “O avesso da pele”, de Jéferson Tenório, que foi banido de escolas de Goiás, Paraná e Santa Catarina após autoridades estaduais considerarem as cenas de sexo impróprias para menores.

— Esse movimento conservador sempre existiu, mas não tinha essa gigante repercussão que tem hoje — diz Bruna. — Eu defendo a liberdade, inclusive a da pessoa ser conservadora. Ela tem o direito de defender os seus valores. O que não é bom é quando interfere de forma violenta, cerceando a liberdade do outro. O convívio é que é necessário.

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