Cultura
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Por O GLOBO — Rio de Janeiro

As apresentações do cantor americano Bruno Mars na cidade do Rio de Janeiro foram suspensas — por determinação da prefeitura —, um dia após centenas de fãs enfrentarem mais de 20 horas numa fila ao redor do Estádio Nilton Santos, o Engenhão, para garantir ingressos. Ao GLOBO, o prefeito Eduardo Paes (PSD) salienta que já havia alertado representantes da produtora Live Nation — antes mesmo da venda dos ingressos — sobre a impossibilidade da realização do show.

O prefeito reforça que possui provas do fato. E insiste que não será emitida autorização para os shows nas datas de 4 e 5 de outubro devido à proximidade com as eleições municipais, que acontecem no dia 6 de outubro. Nesta quinta-feira (9), a administração municipal emitiu uma notificação para a produtora Live Nation, por meio da Procuradoria Geral do Município, determinando o cancelamento dos shows. Também nesta quinta-feira (9), o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) se manifestará sobre o assunto, como apurou o GLOBO.

As apresentações de Bruno Mars no Rio de Janeiro ocorreriam nos dias 4 e 5 de outubro. A administração pública ressalta que "as referidas datas precedem o primeiro turno das eleições de 2024, para o qual é necessária a mobilização da força de trabalho de servidores públicos, notadamente aqueles dedicados à segurança pública, para o transcurso pacífico e democrático da votação que ocorrerá horas após as supostas apresentações".

Na manhã desta quinta-feira (9), a produtora Live Nation anunciou o cancelamento da venda de ingressos para a apresentação extra marcada para o dia 5 de outubro — as vendas para essa data aconteceriam a partir desta manhã e seguiriam até sexta-feira (10). No site da TicketMaster, responsável pela venda on-line das entradas, os shows já aparecem como "cancelados".

"O Rio de Janeiro tem todo o prazer, o potencial e a vocação para receber grandes eventos. É bom para a cidade, para a economia, para a população, para os trabalhadores e para os empresários também. E todo mundo sabe que eu sou o primeiro a fazer questão de estimular e dar apoio e toda a força para que esses eventos aconteçam. Vocês vão me desculpar a expressão, mas aqui não é casa da Mãe Joana. Isso aqui não é terra de ninguém", afirmou Eduardo Paes, por meio das redes sociais, na manhã desta quinta-feira (9).

Paes explica em vídeo o 'não' ao show de Bruno Mars

Paes explica em vídeo o 'não' ao show de Bruno Mars

Para justificar a determinação, o prefeito acrescentou que o Rio de Janeiro tem "ordem e responsabilidade com a população". Ele continuou: "Quando eu comuniquei aos produtores do show do Bruno Mars que não poderíamos receber o show na data apresentada, deixei claro que era por causa da eleição, em que o contingente de segurança estava todo comprometido. A eleição é no domingo (6 de outubro), mas, como todo mundo sabe, o transporte das urnas começa dias antes. A escala de serviço, tanto da Guarda Municipal quanto da Polícia Militar, são alteradas, porque a gente precisa de um contingente maior na rua no domingo".

Paes considerou, na mesma fala, que "pelo visto, esses produtores se acharam mais importantes que o Rio". O prefeito sugeriu, em seguida: "(Eles devem estar se achando) mais importantes que os guardas, os policiais e todos os servidores públicos que garantem o processo eleitoral. E aí eles decidiram bater de frente com o poder público, achando que a gente ia abaixar a cabeça a acatar uma decisão arbitrária e abusiva contra uma determinação oficial. Aqui, não vai rolar isso. Aqui a gente gosta de festa, de celebrar a vida, gosta de zoar e receber artistas, mas aqui tem ordem e respeito à lei. Portanto, o aviso está dado".

O que fazer agora?

A prefeitura obriga a produtora Live Nation, por meio de notificação judicial, a cancelar a divulgação dos shows na cidade nas datas de 4 e 5 de outubro e a informar devidamente o público sobre a suspensão das apresentações. O valor das entradas devem ser devolvidos aos consumidores, como determinado pela administração pública.

"O não atendimento a esta notificação obrigará os representantes do município do Rio de Janeiro a adotar medidas mais efetivas, inclusive judiciais, para garantir ordem pública e democrática, bem como o direito dos consumidores", assevera o documento ao qual o GLOBO teve acesso.

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