Cultura
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Por O Globo — Rio de Janeiro

O cineasta Toni Venturi morreu neste sábado, aos 68 anos, depois de passar mal ao nadar em uma praia em São Sebastião, no litoral paulista. Venturi, que já foi presidente da Associação Paulista de Cineastas (APACI) e esteve à frente da criação da Spcine, empresa municipal de cinema de São Paulo, tem uma extensa filmografia. Entre as figuras que estão em seus documentários, estão a ex-chacrete Rita Cadillac ("Rita Cadillac: a lady do povo", de 2007), o professor e filósofo Paulo Freire ("Paulo Freire contemporâneo", também de 2007) e o ex-senador Luiz Carlos Prestes ("O velho – A história de Luiz Carlos Prestes", de 1997).

Em "Rita Cadillac: a lady do povo", Venturi trouxe depoimentos de pessoas bem diferentes entre si, como o médico Drauzio Varella, a transformista Rogéria, e Leleco, filho do apresentador Chacrinha, onde tudo começou, para então revelar páginas escondidas da vida de Rita.

– Deu para chorar, deu para rir (durante as filmagens do documentário). O mais difícil foi contar do meu passado. Sempre disse que minha vida era um livro de páginas abertas, mas mal sabiam que eu tinha colado algumas páginas umas nas outras – disse Rita, na estreia do filme na 31ª Mostra Internacional de São Paulo.

No longa, há imagens antigas dos dez anos em que ela trabalhou como chacrete, além de cenas de nudez no filme "Asa Branca" (1980), ao lado de Edson Celulari, então com pouco mais de 20 anos. Também foram resgatados shows que ela fez para os garimpeiros de Serra Pelada e as apresentações já conhecidas na Casa de Detenção do Carandiru, que ela frequentou de 1985 até a implosão do local, em 2002.

A vedete, que era madrinha dos presidiários, chegou a frenquentar o Carandiru diariamente, além de realizar shows de Natal e eventos como formaturas de presos e jogos de futebol. Personagem de um capítulo do livro "Estação Carandiru", de Drauzio Varella, ela também ajudou o médico em projetos educativos, como concursos de cartazes sobre Aids ou sobre uso de crack.

Sobre o filme de Paulo Freire, Venturi disse, ao GLOBO, na época do lançamento:

– Este não é só um filme de memória. O documentário mostra situações em que o modelo freireano de ensino é usado hoje em dia. As pessoas desconhecem ações que beberam nessa fonte. O filme atualiza Paulo Freire e mostra como ele fincou raízes em muitos segmentos da sociedade. Ele ficou muito bonito e vem num momento interessante em que o país está rediscutindo a educação e o problema do analfabetismo

O documentário foi o vencedor do concurso lançado pela TV Escola – um programa da Seed dirigido à capacitação de professores da educação básica – no ano anterior, 2006. Na ocasião, foram encaminhadas ao MEC 19 propostas de várias regiões do país com diferentes abordagens sobre o revolucionário método de ensino de Paulo Freire.

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