Cultura
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Por — Rio de Janeiro

Poucas artistas do pop são tão bem-sucedidas em sua polivalência quanto a americana Annie Clarke, que atende pelo nome artístico de St. Vincent. Guitarrista que estudou na prestigiosa Berklee College of Music, em Chicago, ela começou acompanhando artistas indie e tocando em bandas de renome. Em 2007, criou seu próprio projeto, no qual não só é apenas a estilosa instrumentista (com direito a guitarras personalizadas) mas cantora e compositora, com três prêmios Grammy de melhor álbum de música alternativa na estante.

Ícone fashion e LGBTQIAPN+ (já namorou as atrizes Cara Delevigne e Kristen Stewart), atriz, roteirista e diretora de cinema, Annie, de 41 anos, agora acrescenta aos seus títulos o de produtora musical, função na qual debutou em “All born screaming”, o sétimo (e mais variado) álbum do St. Vincent, que chegou ao streaming no final de abril.

— Tentei criar minha própria linguagem sonora. Sei que tenho voz como cantora, guitarrista e compositora, mas o que eu quero agora é estabelecer minha voz como produtora — assume ela, em entrevista por vídeo. — Claro que produziria discos de outros artistas, mas só com algo que amo. Adoraria, por exemplo, produzir Rosalía, sou muito fã dela... mas sei que ela mesma é também uma grande produtora.

Com faixas que vão do rock industrial ao reggae, “All born screaming” soa como um tributo de Annie à música que ouviu na adolescência, nos anos 1990. Não por acaso, participam do álbum músicos como Dave Grohl (baterista do Nirvana e líder dos Foo Fighters) e Josh Freese (que tocou em vários discos de rock dos 90 e hoje é baterista do FF).

— Eu não estaria tocando música se não fosse pelo Nirvana! — confessa ela. — Dave e eu nos tornamos amigos depois que me pediram para ajudar a apresentar o Nirvana no Rock and Roll Hall of Fame. Dave é um ótimo baterista porque ele é um ótimo compositor, e está sempre servindo à música em tudo o que ela precisa, mas ele ainda pega a energia da canção e a amplifica um milhão de vezes. Já o Josh é um baterista incrível, e a ele eu pedi para tocar de forma absolutamente contida.

A única faixa que soa mais fora do esquadro no disco, com sabor de anos 1970, é “Violent times”, a qual Annie vestiu com suntuosos arranjos de sopros (“essa música tem drama e uma espécie de grandiosidade, experimentei vários instrumentos diferentes nela, mas acho que acabei escolhendo os sopros”). Foi um exercício musical que a lembrou dos tempos em Berklee, no qual conviveu com brasileiros.

— Tive aulas de violão brasileiro quando estava lá. Mas, para ser sincera, não tenho a destreza necessária com a mão direita para tocá-lo. De qualquer forma, adoro Os Mutantes e Caetano Veloso, a música brasileira é tão rica e incrível! — diz ela, que se apresentou no Brasil em 2015 (abrindo shows de Robert Plant) e 2019 (no Lollapalooza e no Cine Joia, em São Paulo). — Fiz um show pequeno, num clube para cerca de mil pessoas (no Joia) e cheguei mesmo às lágrimas, porque todas as pessoas lá estavam cantando cada palavra das minhas canções.

Hit na voz de Taylor Swift

Fora tudo isso, fica para Annie Clarke o orgulho de ter participado da composição do “Cruel summer”, de Taylor Swift, e do “Obsessed”, de Olivia Rodrigo — dois hits das maiores estrelas pop femininas da atualidade.

— “Cruel summer” foi incrível porque era uma música de alguns discos atrás (“Lover”, de 2019), que se tornou favorita dos fãs dela. E os fãs de Taylor são uma força da natureza. Decidiram que essa música seria um sucesso e fizeram dela um hit global — diz Annie. — Quando você sonha em fazer algo é importante ver alguém que se parece com você fazendo isso. Eu tive PJ Harvey, Tori Amos e Fiona Apple. Com os meus 13, 14, 15 anos, a música delas significou tudo para mim. E ainda significa.

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