Cultura
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Por — São Paulo

João do Rio será o autor homenageado na 22ª Festa Literária Internacional de Paraty, que acontece entre 9 e 13 de outubro. João do Rio, na verdade, é o pseudônimo mais famoso de João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto, carioca nascido em 1881 que deixou sua marca na imprensa de sua época e na literatura brasileira. Como repórter, João do Rio refinou um estilo que misturava fato e ficção, jornalismo e literatura. “Sua busca por transformar o ofício em grande arte é um convite a pensarmos no fazer literário em seu campo expandido”, diz, em nota, Mauro Munhoz, diretor artístico da Flip.

Mais jovem imortal da Academia Brasileira de Letras (eleito aos 29 anos) e autor de livros como “As religiões do Rio” e “A alma encantadora das ruas”, João do Rio foi um cronista atento e lírico das transformações vividas pela antiga capital do país durante a Belle Époque, período em que a cidade tentava acertar o passo com a Europa. O escritor retratou tanto os hábitos dos ricos quanto a vida dos pobres.

“Ele desempenhou um papel crucial ao documentar a vida urbana do Rio de Janeiro com uma perspectiva única e detalhada num momento em que a então capital federal se expandia de maneira desgovernada. Ainda hoje, o crescimento predatório faz parte da realidade de diversas cidades brasileiras, como Paraty. É com essa sensibilidade etnográfica, presente na literatura de João do Rio, que convidamos moradores e visitantes a estar no território que abriga a festa”, comenta Munhoz.

Curadora da Flip, Ana Lima Cecilio afirma o desejo de explorar as contradições de João do Rio, um homem negro que era fascinado por Paris e gostava de se aventurar pelos morros cariocas. “Ainda que tenha morrido famoso — seu enterro atraiu multidões —, ele permanece quase esquecido por mais de um século”, pontua Ana, também em nota. A curadora destaca que as contradições de João do Rio ajudam “a explicar o Brasil”. Ele vem sendo redescoberto nos últimos anos, na esteira do resgate tanto de autores negros e LGBT quanto daqueles que introduziram nas letras brasileiras as inovações posteriormente defendidas pelo modernismo.

João do Rio vestia-se como um dândi, sentiu na pele o preconceito e não tinha medo de briga. Divulgou a obra do irlandês Oscar Wilde no Brasil e por isso foi alvo de especulações sobre sua sexualidade. Morreu em 1921, aos 39 anos, vítima de um ataque cardíaco. Deixou 25 livros e mais de 2.500 textos publicados em jornais e revistas. A obra o autor está em domínio público e recentemente foi editada por selos como Companhia de Bolso, José Olympio e Carambaia.

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