A atriz Jacqueline Laurence será velada nesta terça-feira (18), de 10h às 14h, no Teatro Tablado, no bairro do Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O corpo da atriz será cremado na mesma data, em cerimônia restrita a amigos e familiares.
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Laurence, de 91 anos, estava internada no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, Zona Sul do Rio, e sofreu uma parada cardíaca por volta das 2h20 desta segunda-feira (17). As informações são do próprio hospital.
Momentos da carreira de Jacqueline Laurence
Relembre a trajetória de Jacqueline Laurence
Nascida em Marselha, na França, em 10 de outubro de 1932, Jacqueline veio para o Brasil ainda adolescente, acompanhando o pai, o jornalista Samuel Laurence. Começou a estudar teatro em 1955, fazendo parte da primeira turma da Fundação Brasileira de Teatro, a FBT.
Nos anos 1980, como diretora, participou do movimento teatral que ficou conhecido no Rio como Teatro Besteirol, e que projetou nomes como o de Miguel Falabella, Guilherme Karam (1957-2006) e Mauro Rasi (1949-2003).
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Seu primeiro grande trabalho na TV foi na novela "Uma rosa com amor", na TV Globo, em 1972. A partir daí, foram inúmeros folhetins de sucesso, como "Dancin' Days" (1978), "Guerra dos sexos" (1983), "Bambolê" (1987), "Top model" (1989), "O dono do mundo" (1991), "Salsa e merengue" (1996), "Desejo proibido" (2007), todas da TV Globo. Chegou também a fazer novelas no SBT, Band e Manchete.
Em 2018, interpretou Gracita, avó da protagonista Kyra (Vitória Strada) na telenovela "Salve-se quem puder". Por conta da pandemia de Covid-19, no entanto, sua personagem acabou desaparecendo. Seu último trabalho na televisão foi uma participação especial em "Salve-se quem puder", em 2020.
No cinema, fez filmes como "Menino do Rio", de Antônio Calmon, em 1982; "Sonho de verão", comédia com Sergio Mallandro de 1990; "Polaróides urbanas", de Miguel Falabella, em 2008. O mai recente foi "Jovens polacas", de 2020, dirigido por Alex Levy-Heller.
Sem herdeiros diretos
Jacqueline não se casou, nem deixou filhos. "Sempre tive um mau gênio e sempre respondi à altura. Não casei nem tive flhos, creio que por haver custado a me adaptar ao Brasil, por ter que tomar conta dos meus irmãos, ainda que tivesse pais vivos. Além de perceber que o teatro me ocupou muitos espaços. Sofri muito para perder meu sotaque. E os namorados que tive acabaram por ser, circunstancialmente, namorados", disse a atriz em entrevista ao site de Heloisa Tolipan em janeiro deste ano.