Fãs de diferentes gerações celebram os 80 anos de Chico Buarque, compartilhando o amor pelo artista em rodas de samba, playlists e redes sociais. O cantor mantém sua legião de admiradores engajada, aproximando famílias e perpetuando sua influência na cultura brasileira.
Na roda de samba que Francisco Genu, o Chiquinho, de 72 anos, e amigos organizam num bar em Copacabana todo dia 19 de junho em homenagem a Chico Buarque há mais de duas décadas, estava lá, no ano passado, o xará — do aniversariante e do organizador — Francisco Malta, de 15.
Os dois dividiram a mesma mesa e entoaram, noite adentro, as mesmas músicas que, em casa, Chiquinho ouve em CDs e Francisco, streaming.
— Sou eclético na música, gosto de trap, hip hop, MPB — diz o adolescente, cujos pais participam da roda organizada por Chiquinho há anos e conseguiram para ele autógrafo de Chico no livro "Chapeuzinho amarelo". — Mas escuto bastante Chico Buarque, tenho até uma playlist só com as favoritas, tipo “João e Maria” e “Cotidiano”.
Chiquinho, por sua vez, perdeu os discos de vinil pelas mudanças da vida (no âmbito pessoal e também tecnológico, diz ele), mas preservou os CDs. Só do ídolo, possui mais de 30.
— Tenho até aquelas coletâneas temáticas das gravadoras com títulos “Chico político”, “Chico sobre mulheres” — diz Chiquinho, sem conseguir escolher seu tipo favorito. — Ele é brilhante em todas as áreas, de uma versatilidade inacreditável.
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O artista é notável em manter sua legião de fãs engajada, que também traz novos admiradores. É o caso do professor Ulisses André, de 58 anos, que vem mostrando naturalmente ao filho Lucas, de 9 anos, “não só as músicas, mas também sobre a trajetória” do carioca. O menino tem curtido.
— Tenho três músicas favoritas: “O malandro”, “A banda” e “Feijoada completa” — diz Lucas.
Dá para ver que Chico Buarque aproxima famílias também na história do advogado Gabriel Gouveia, de 27 anos, e sua mãe, a diretora administrativa Rita Freitas, de 64 anos, ambos de São Paulo. Ela é fã do cantor desde os tempos de juventude, quando o pai era radialista em Tupã, no interior de São Paulo, e levava para casa um monte de LPs. Alguns do cantor, agora, passaram da mãe para o filho.
— Chico me conecta muito a minha mãe — diz Gabriel. —Sempre conversamos sobre as letras. Mas ele também é um elo de ligação com a cultura brasileira. Pelo fato de eu achar que ele escreve bem, dá vontade de consumir cada vez mais música para compreender minha cultura.
E se alguém quiser "consumir" mais e mais Chico, pode contar com a ajuda de Monalyza Alencar. A advogada de Fortaleza, de 43 anos, dedica uma parte considerável de suas horas vagas para administrar a conta Acervo Chico Buarque (@acervochicobuarque) no Instagram, com 92 mil seguidores. Lá, ela faz alguns posts diários com vídeos e fotos históricas (muitos raros) da carreira do músico.
— Para os festejos de 80 anos, vou fazer colabs (posts em formato de colaboração) com outras fanpages — diz Monalyza, sobre seu cronograma. — Para não ficar repetitivo, tem que sempre fazer coisas novas. A gente vai garimpando em vários acervos de imagem e vídeo. É um trabalho de pesquisa mesmo, artesanal.
Essa função é sempre feita com streaming ligado para dar inspiração.
— Escuto uma média de dois álbuns completos por dia. Agora, estou na fase infantil dele — diz a advogada, que tem um verso da canção "Olhos nos olhos" tatuado nas costelas. — Ele é minha grande paixão, a família tem até ciúme (risos).
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