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GERADO EM: 19/06/2024 - 03:30

Exposição Luz Eterna: Arte e Sol no CCBB Rio

A exposição Luz aeterna no CCBB do Rio explora a importância do Sol na vida humana, com obras imersivas e interativas de artistas brasileiros de novas mídias. A mostra seguirá para São Paulo e Belo Horizonte após o encerramento no Rio.

'Gênesis', obra do estúdio AYA — Foto: Divulgação/Lua Morales
'Gênesis', obra do estúdio AYA — Foto: Divulgação/Lua Morales

A luminosidade controlada das salas do segundo andar do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio, que os visitantes acessam passando por cortinas escuras na entrada, contrasta com a claridade dos dias de outono no exterior do prédio. Paradoxalmente, a opacidade que protege as sete obras imersivas da exposição “Luz aeterna”, em cartaz até agosto no local, tem como objetivo destacar a inspiração da mostra: o Sol e sua importância na jornada da Humanidade.

Idealizada pelo estúdio paulistano AYA, que também assina um dos trabalhos, a mostra convida outros seis artistas e coletivos para desenvolverem instalações interativas e projeções digitais que criem diferentes relações entre o público e o astro protagonista do Sistema Solar. Criado em 2018 pelo artista de novas mídias Felipe Sztutman e pelo curador Antonio Curti, o estúdio foi responsável por exposições como “Dimensão” (2018), em parceria com o duo japonês Nonotak Studio, e “Oceanvs — Imersão em azul” (2023). Vista por mais de 155 mil pessoas no CCBB de Brasília, “Luz aeterna” vai seguir para a mesma instituição em São Paulo, em setembro, e Belo Horizonte, em dezembro, após o encerramento no Rio.

— Gostamos de partir de temas amplos e ver como cada artista desenvolve sua poética a partir deles. O Sol proporcionou a vida na Terra, e sempre foi uma fonte de inspiração para a Humanidade. Nos desenvolvemos tentando dominar essa luz, primeiro com o fogo, depois com a eletricidade — diz Antonio Curti. — São temas universais, mas que ressoam de forma íntima nas pessoas. Cada artista vai ter a sua leitura, e o público também. Não tem uma forma certa ou errada de vivenciar as obras, são experiências individuais.

Obra interativa'Fluido solar', de Ero — Foto: Divulgação/Lua Morales
Obra interativa'Fluido solar', de Ero — Foto: Divulgação/Lua Morales

“Gênesis”, obra criada pelo próprio estúdio AYA, é uma projeção sobre a evolução do Sol, que transforma a uma das salas do local num ambiente imersivo. A instalação “Photosphere”, de Leandro Mendes, cria uma conexão entre imagens inspiradas na camada visível do Sol e trilha sonora baseada nos sons do Sistema Solar. “Céu zero”, de Leston, conecta 15 telas para imaginar como seria “capturar” a linha do horizonte. A obra interativa “Fluido solar”, da artista ERØ, reproduz os movimentos do público em uma tela digital ligada ao chão por raízes de ferro.

Outros três trabalhos são projetos de data art, que criam imagens e sons a partir de dados coletados: “Continuum”, de Junior Costa Carvalho e Rodrigo Machado (Estúdio Sala 28), usa informações de fenômenos solares e meteorológicos captados via satélite; em “Perihelion”, de Bruno Borne, o céu é captado, reprocessado e projetado em tempo real; já em “Aquarela de íons”, de Arthur Boeira e Gustavo Milward, um sistema captura os íons solares e os transforma numa experiência sensorial de luz e som.

— Era importante fazer essa exposição só com artistas brasileiros, para mostrar o nível da produção do país. O público vê o que se faz hoje por aqui, mesmo com recursos menos disponíveis, com essa tecnologia custando para a gente no mínimo o dobro do que é em outros países — pontua Felipe Sztutman. — Isso é possível porque criou-se realmente uma comunidade, que permite mostrar artistas de diferentes origens, idades e abordagens, ampliando a presença dessa produção hoje chamada de novas mídias nos ambientes institucionais.

Exemplo da nova geração, a pernambucana Erotidesnai, a ERØ, de 26 anos, mudou-se para São Paulo há 11 anos, onde iniciou os estudos de arquitetura, trabalhou com moda, audiovisual, e, mais recentemente, com arte digital. Ela destaca a importância da troca entre artistas para o desenvolvimento deste circuito, durante a pandemia de Covid-19.

— Justamente quando estávamos isolados, me vi conectada a uma comunidade internacional de artistas. Pelo Discord (plataforma de chat de voz e vídeo, popular na comunidade gamer), pude conhecer pessoas de todo o mundo e me desenvolver mais nessas ferramentas — conta ERØ. — E todo mundo se ajudava. Às vezes alguém te deixava usar um software que você não tinha, ou renderizar (finalizar um trabalho de processamento digital) um projeto que meu computador não conseguia. Muita gente vê a tecnologia digital como algo frio, mas eu senti um aspecto muito humano nessa troca.

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