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Por — São Paulo

RESUMO

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GERADO EM: 10/07/2024 - 18:02

Aniversário de 25 anos da Sala São Paulo

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) celebrou os 25 anos da Sala São Paulo com uma emocionante interpretação da Segunda Sinfonia de Mahler, regida por Thierry Fischer. O concerto envolveu o público com a excelência da execução e a mensagem de ressurreição transmitida pela música.

Em 9 de julho de 1999, a “Segunda Sinfonia em Dó Menor”, de Gustav Mahler, já era universalmente conhecida como uma música “de festival”: famosa pelo subtítulo “A Ressurreição”, era o tipo de trilha sonora com que as grandes orquestras do mundo anunciavam seus projetos, ou firmavam pactos com a sociedade que os rodeavam. Era uma óbvia escolha 25 anos atrás, quando o brasileiro John Neschling regeu a Osesp na inauguração de sua nova residência, a Sala São Paulo, e continuou sendo uma excelente declaração de princípios na noite da última terça (9), em que o atual diretor artístico, o suíço Thierry Fischer, repetiu o programa diante de uma plateia que pagou apenas R$ 39,60 por ingresso e saiu arrebatada por música, texto e execução.

Foram 80 minutos da música de Mahler, um autor universal no sentido mais pleno da palavra. Numa partitura detalhista, repleta de melodias cantaroláveis, efeitos e rompantes, a Osesp mostrou domínio das dinâmicas, além de um espetacular controle de volumes que permitiu a apreciação dos de Claudia Nascimento (flauta) e Arcádio Minczuk (oboé), numa seção de madeiras que teve enormes méritos ao longo da sinfonia. Brilharam também o sexteto de trompas e os percussionistas Elizabeth del Grande e Ricardo Bologna, fundamentais nos arrepiantes ataques da fúria mahleriana. Chegaram a arrancar aplausos no meio do primeiro movimento.

Osesp apresenta a Segunda Sinfonia, de Gustav Mahler, em concerto comemorativo aos 25 anos da Sala São Paulo — Foto: Divulgação/Osesp
Osesp apresenta a Segunda Sinfonia, de Gustav Mahler, em concerto comemorativo aos 25 anos da Sala São Paulo — Foto: Divulgação/Osesp

No segundo movimento, a Osesp apresentou elegância camerística, num som translúcido, em que a conversa das cordas dedilhadas com o flautim e as duas harpas foi especialmente deliciosa.

Interpretação celestial

Depois de um terceiro movimento em que Fischer guiou a Osesp pelo melodioso e pelo bombástico com critério e equilíbrio, a mezzo Luisa Francesconi ofereceu uma interpretação celestial de “Urlicht” (Luz Primordial), com belos solos do oboé de Minczuk e do violino de Emmanuele Baldini. Quando esse tipo de comoção ocorre, é sinal de que a performance está alcançando os objetivos de Mahler.

No quinto e último movimento, a visão de uma ressurreição possível foi exposta por uma combinação pianíssima de sons do Coro Lírico Paulistano (do Theatro Municipal) e do Coro da Osesp, que criou o espaço para o solo da soprano Camila Provenzale. Curiosamente, Provenzale e Francesconi estavam sentadas em meio ao coro, e não próximas do regente.

Na imensa coda, ambas ainda podiam ser ouvidas, o que dava mostras do precioso equilíbrio alcançado na noite, até que fomos convidados pelo coro a ressuscitar. Ao clamor de “Aufersteh’n, ja, Aufersteh’n”, (Ressuscita, sim, Ressuscita), a Osesp fez o prédio pulsar, enquanto os corações paralisaram ao fim de uma música que soa como um salto num abismo, uma urgência por seguir em frente.

Ressuscitar, nesse contexto, soa como um sinônimo de seguir acreditando, tal como artistas e gestores acreditaram na força da música, erguendo uma fortaleza de mulheres, homens e sons que desafiam ruína e silêncio há 25 anos.

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