Theatro Municipal do Rio exibe hoje a virtuosidade de Daniil Trifonov

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Em dezembro passado, o crítico David Wright, da New York Classical Review, louvou o recital dado em Nova York. “A performance de Trifonov foi peculiarmente rápida, fluente, alerta e imaginativa, como se risse das dificuldades”, escreveu Wright sobre o desempenho do russo de 33 anos na sonata “Hammerklavier”, uma das mais ambiciosas obras de Beethoven.

Antes, sobre a “Sonata K. 332 em fá maior”, de Mozart, o crítico assinalou que “não é raro que Mozart seja tocado de forma acelerada, mas a captura de tantas nuances de emoção em alta velocidade foi extraordinária”.

O programa se completa com “Suíte em lá menor RCT 5”, de Jean Philippe Rameau, que abre a noite, e as “Variações sobre um tema de Corelli”, de Rachmaninov.

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Vencedor do Concurso Tchaikovsky de 2011, o russo se apresentou por aqui em 2014. Seu retorno poderia ter ocorrido em 2020, mas o coronavírus impôs novas condições. Para Trifonov, é fato que a pandemia resultou em cancelamentos e um retiro na República Dominicana (origem de Judith Ramírez, sua mulher), assim como uma oportunidade de estar mais próximo da família, algo raro na vida de um concertista. De volta à estrada e aos estúdios desde 2021, suas gravações pela Deutsche Grammophon mostraram enorme versatilidade, explorando Stravinsky, Scriabin, Prokofiev e Bach, entre outros.