Cultura
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Por O GLOBO — Rio de Janeiro

Ao longo da última década, ninguém demonstrou interesse em arrematar a propriedade de 4,84 hectares, contígua à Rodovia Anhanguera, entre Americana e Limeira, em São Paulo. Mansão do cantor José Rico — que formava dupla com Milionário e morreu em 2015, devido a problemas cardíacos —, o castelo erguido pelo sertanejo, com 100 cômodos, segue com mato crescente, janelas quebradas e pichações nos muros. Nem o desconto de R$ 13,6 milhões atraiu compradores. "É um caso bem complicado. A parte do leilão encerrou, e não podemos fazer nada. O castelo foi realmente a leilão, mas não teve nenhuma oferta", esclareceu Moysés Rico, um dos filhos do artista.

O castelo virou alvo da Justiça poucos meses após a morte do cantor. Avaliado inicialmente em R$ 15,2 milhões, o imóvel podia ser adquirido, até 12 de setembro de 2023, por R$ 1,6 milhão. Este era o lance mínimo para o leilão judicial, mas nenhum interessado se apresentou. O imóvel penhorado tem um castelo e outras edificações não averbadas, ou seja, barracões em anexo não registrados. Ela começou a ser construída em 1991 — e o cantor morreu sem vê-la concluída. Em maio do último ano, o local foi a leilão para pagar dívidas trabalhistas.

Moysés, um dos cinco filhos de José Rico, diz que a família não é muito próxima. "Somos em quatro irmãos de três famílias diferentes. Tenho mais contato com a Cristina, que é a mais velha. A gente já trabalhou juntos, e me ajuda em bastante coisa. Mas com o Sami e a Sara não temos muito contato", declarou ele, ao site "Observatório dos famosos".

Em entrevistas, José Rico dizia que o espaço teria mais de 100 cômodos e boa parte do projeto vinha de desenhos dele para os arquitetos. A piscina da casa, por exemplo, foi construída em formato de viola. O plano inicial do cantor era ter um espaço para a família e um estúdio de gravação.

O castelo construído por José Rico, em São Paulo se encontra totalmente abandonado — Foto: Reprodução/X
O castelo construído por José Rico, em São Paulo se encontra totalmente abandonado — Foto: Reprodução/X

Ação e penhora

A ação contra José Rico foi movida por um músico que trabalhou com a dupla entre 2009 e 2015, ano em que o cantor morreu. No processo, ele afirmou ter trabalhado em até 19 shows por mês, mas que não teve direitos trabalhistas como carteira registrada, horas extras, adicional noturno, 13º e outras garantias. Ele diz, ainda, ter sofrido danos morais.

Em decisão de 16 de julho de 2021, o juiz do trabalho Marcelo Luis de Souza Ferreira, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), fixou a condenação em R$ 6,7 milhões. Em novembro do ano seguinte, a juíza Paula Cristina Caetano da Silva, da 2ª Vara do Trabalho de Americana, comunicou a penhora do "castelo".

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