Cultura

Prêmio Oceanos divulga lista com 54 autores semifinalistas

Brasileiros são mais da metade dos indicados ao troféu literário lusófono
O escritor Cristovão Tezza, que concorre ao prêmio Oceanos com o romance "A tirania do amor" (Todavia) Foto: Guilherme Pupo / Divulgação
O escritor Cristovão Tezza, que concorre ao prêmio Oceanos com o romance "A tirania do amor" (Todavia) Foto: Guilherme Pupo / Divulgação

SÃO PAULO – O prêmio Oceanos (ex-Portugal Telecom), um dos principais troféus literários da língua portuguesa, divulgou, na noite desta quinta-feira (8), uma lista com 54 semifinalistas. Concorrem ao prêmio 26 romances, 17 antologias poéticas, sete livros de contos, três de crônicas e um texto dramatúrgico.

Dos 54 semifinalistas, os brasileiros são 34, como Rubem Fonseca (“Carne crua”), Cristovão Tezza (“A tirania do amor”), Ledusha Spinardi (“Lua na jaula”), Luisa Geisler (“De espaços abandonados”) e Luiz Ruffato (“A cidade dorme”). Os portugueses são 18 e os angolanos são dois: Pepetela (“Sua Excelência, de corpo presente”) e o colunista do GLOBO José Eduardo Agualusa (“O paraíso e outros infernos”).

Os semifinalistas foram anunciados no Consulado Geral de Portugal em São Paulo pela gestora cultural Selma Caetano e pelo jornalista Manuel da Costa Pinto, curadores do prêmio. A linguista cabo-verdiana Adelaide Monteiro e a jornalista portuguesa Isabel Lucas completam a curadoria do Oceanos.

O evento ainda homenageou dois autores premiados no ano passado: a Marília Garcia, que conquistou o primeiro lugar com o livro de poemas “Câmera lenta” (Companha das Letras), e o português Bruno Vieira Amaral, segundo colocado com o romance “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”, publicado originalmente pela Quetzal e aqui no Brasil pela Companhia das Letras. Amaral concorre ao prêmio outra vez este ano com “Manobras de guerrilha” (Quetzal).

Desde de 2017, o Oceanos contempla livros publicados em quaisquer países de língua portuguesa. Este ano, foram inscritos 1.467 livros publicados por 314 editoras de 10 países. Esta é a edição com o maior número de editoras entre os semifinalistas: 36. São 23 brasileiras, 12 portuguesas e uma angolana. Os semifinalistas foram escolhidos por um time de 72 jurados de cinco países lusófonos.

O Júri de Avaliação escolheu, entre si, os nomes que integram os Júris Intermediário (que elegerá os 10 finalistas) e Final. Os jurados são os brasileiros Eliane Robert Moraes, Ferréz, Ítalo Moriconi, Maria Esther Maciel e Veronica Stigger; os portugueses Ana Sousa Dias, Daniel Jonas e Manuel Frias Martins; e o moçambicano Francisco Noa. Os finalistas serão anunciados em novembro.

Veja a lista completa:

“A cidade dorme”, de Luiz Ruffato (Companhia das Letras)

“A devastação do silêncio”, de João Reis (Elsinore)

“A tirania do amor”, de Cristovão Tezza (Todavia)

“A vida é um tango e outras histórias”, de Cristina Norton (Oficina do Livro)

“Alguns humanos”, de Gustavo Pacheco (Tinta-da-china)

“Amores cachorro”, de Emmanuel Nogueira (Expressão Gráfica)

“Ao ouvido do diabo”, de Rui Xerez de Sousa (Companhia das Ilhas)

“Aquilo que não tem nome”, de Victor Oliveira Mateus (Coisas de Ler)

“Baldio”, de Rodrigo Madeira (Kotter)

“Carne crua”, de Rubem Fonseca (Nova Fronteira / Sextante)

“Cloro”, de Alexandre Vidal Porto (Companhia das Letras)

“Com armas sonolentas”, de Carola Saavedra (Companhia das Letras)

“De espaços abandonados”, de Luisa Geisler (Alfaguara)

“Do outro lado, sedimentos ou até onde a vista alcança”, de Alexandre Rodrigues da Costa (7Letras)

“É o que tem”, de Ésio Macedo (Patuá)

“Ecologia”, de Joana Bértholo (Caminho)

“Eliete”, de Dulce Maria Cardoso (Tinta-da-china)

“Ensina-me a voar sobre os telhados”, de João Tordo (Companhia das Letras Portugal)

“Enterre seus mortos”, de Ana Paula Maia (Companhia das Letras)

“Entre as mãos”, de Juliana Leite (Record)

“Estranhezas”, de Maria Teresa Horta (Dom Quixote)

“Eufrates”, de André de Leones (José Olympio)

“Explorações cardiomitológicas”, de Isadora Krieger (Editora da Casa)

“ Farinha com açúcar ou sobre a sustança de meninos e homens”, de Jé Oliveira (Javali)

“Graphophobia”, de Glauco Mattoso (Patuá)

“Juncos à beira do caminho”, de Francisco José Viegas (Caminho)

“Lua na jaula”, de Ledusha Spinardi (Todavia)

“ Luanda Lisboa Paraíso”, de Djaimilia Pereira de Almeida (Companhia das Letras Portugal)

“Manobras de guerrilha”, Bruno Vieira Amaral (Quetzal)

“Manual da demissão”, de Julia Wähmann (Record)

“Meio homem metade baleia”, de José Gardeazabal (Companhia das Letras Portugal)

“O crime do Cais do Valongo”, de Eliana Alves Cruz (Malê)

“O fogo será a tua casa”, de Nuno Camarneiro (Dom Quixote)

“O imortal”, de Mauricio Lyrio (Companhia das Letras)

“O livro dos monólogos”, de Diógenes Moura (Vento Leste)

“O paraíso e outros infernos”, de José Eduardo Agualusa (Quetzal)

“O preto que falava iídiche”, de Nei Lopes (Record)

“O sal do leviatã”, de Alexandre Guarnieri (Penalux)

“O tocador de flauta”, de Álvaro Alves de Faria (Patuá)

“Olha-me como quem chove”, de Alice Vieira (Dom Quixote)

“Os cadernos do desencontro de Antônio Guerra”, de Luciana Annunziata (Quelônio)

“Pão de Açúcar”, de Afonso Reis Cabral (Dom Quixote)

“Princípio de Karenina”, de Afonso Cruz (Companhia das Letras Portugal)

“Quadros provincianos”, de Wagner Schadeck (Mondrongo)

“Sebastopol”, de Emilio Fraia (Alfaguara)

“Sob os pés, meu corpo inteiro”, de Marcia Tiburi (Record)

“Solo noturno a quatro vozes”, de Thiago Mattos (Confraria do Vento)

“Sorte”, de Nara Vidal (Moinhos)

“Sua Excelência, de corpo presente”, de Pepetela (Dom Quixote / Texto Editores)

“Traçar um nome no coração do branco”, de Rosa Alice Branco (Assírio & Alvim)

“Tratado”, de Luís Carmelo (abysmo)

“Um beijo por mês”, de Vilma Arêas (Luna Parque)

“Viajo com os olhos”, de Elson Froés (Urutau)

“Vícios de imanência”, de Paulo Ferraz (Dobradura)