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Cultura TV

Veja quais foram os melhores programas da TV brasileira em 2019

Das gargalhadas às lágrimas, saiba quais foram as produções nacionais imperdíveis deste ano
Débora Bloch como a professora Lúcia na série da Globo 'Segunda chamada' Foto: Mauricio Fidalgo / TV Globo
Débora Bloch como a professora Lúcia na série da Globo 'Segunda chamada' Foto: Mauricio Fidalgo / TV Globo

RIO - Em 2019, a TV brasileira prosperou. Se o ano não foi fácil para muitos, certamente foi melhor atravessar por ele com a companhia de produções que nos emcionaram e fizeram refletir sobre a nossa identidade enquanto país, indo do riso às lágrimas e tocando em temas tão urgentes quanto educação, saúde pública e imigração. Em um ano de mudanças, o streaming fincou o pé de vez no país e trouxe novas e ousadas produções, que prometem ganhar mais espaço ainda no ano que vem. Ao mesmo tempo, a novela, gênero por excelência da TV brasileira, provou que está viva e segue sintonizada com os anseios da população, conquistando inclusive prêmios inéditos.

Abaixo, a lista dos melhores programas de TV de 2019. As escolhas foram feitas pela colunista Patrícia Kogut, o editor-assistente Emiliano Urbim e a repórter Luiza Barros. Confira, também, a lista das melhores séries de TV internacionais de 2019.

‘Segunda chamada’

Marco André (Silvio Guindane), professor de Artes; Sônia (Hermila Guedes), professora de História e Geografia; Lúcia (Débora Bloch), professora de Língua Portuguesa; o diretor Jaci (Paulo Gorgulho); e Eliete (Thalita Carauta), professora de Matemática. Parte do elenco de "Segunda chamada", série da TV Globo Foto: Mauricio Fidalgo / TV Globo
Marco André (Silvio Guindane), professor de Artes; Sônia (Hermila Guedes), professora de História e Geografia; Lúcia (Débora Bloch), professora de Língua Portuguesa; o diretor Jaci (Paulo Gorgulho); e Eliete (Thalita Carauta), professora de Matemática. Parte do elenco de "Segunda chamada", série da TV Globo Foto: Mauricio Fidalgo / TV Globo

De Carla Faour e Julia Spadaccini, “Segunda chamada” foi apresentada como o “Sob pressão” da educação. Mas a série da Globo sobre ensino de adultos brilhou por conta própria. São muitas as atuações afiadas, como as de Débora Bloch , Hermila Guedes , Silvio Guindane e Thalita Carauta , para citar apenas quarteto principal de professores. A atração evita o tom piegas e consegue comover tanto quanto os depoimentos reais que acompanham os créditos finais a cada episódio.

‘Pico da neblina’

'Pico da Neblina': série da HBO imagina um Brasil onde a maconha foi legalizada Foto: Divulgação
'Pico da Neblina': série da HBO imagina um Brasil onde a maconha foi legalizada Foto: Divulgação

Uma espécie de "Breaking bad" ao contrário, do crime para a legalidade. É assim a proposta de "Pico da Neblina" , série da HBO que imagina um Brasil em que a maconha foi liberada para consumo e cultivo. O sonho progressista acaba tendo consequências ambivalentes para Biriba (Luis Navarro), um ex-traficante que, ao tentar se integrar à nova realidade, encontra as barreiras raciais e de classe que sempre existiram no país.

‘Sob pressão’

Marjorie Estiano como a médica Carolina em 'Sob pressão', série da TV Globo Foto: Raquel Cunha / Globo
Marjorie Estiano como a médica Carolina em 'Sob pressão', série da TV Globo Foto: Raquel Cunha / Globo

Renovada para a quarta temporada , “Sob pressão” , da Globo, segue uma das melhores atrações da TV aberta. Com direção de Andrucha Waddington, a trama mostrou este ano a vida de profissionais de saúde no Rio em uma área dominada por milicianos. Nos papéis dos diligentes médicos Evandro e Carolina, Júlio Andrade e Marjorie Estiano (indicada ao Emmy Internacional 2019) formam um dos casais com mais química da TV.

‘Sintonia’

Doni (MC Jottapê), Nando (Christian Malheiros) e Rita (Bruna Mascarenhas) são os amigos de infância que protagonizam a série 'Sintonia', criada por KondZilla Foto: Christian Gaul/Netflix / Christian Gaul/Netflix
Doni (MC Jottapê), Nando (Christian Malheiros) e Rita (Bruna Mascarenhas) são os amigos de infância que protagonizam a série 'Sintonia', criada por KondZilla Foto: Christian Gaul/Netflix / Christian Gaul/Netflix

Era questão de tempo: um dos maiores fenômenos da cultura brasileira contemporânea, o funk merecia uma série de TV. E a missão coube a uma de seus embaixadores, o produtor KondZilla . Com o trio de protagonistas formado por Christian Malheiros , Jottapê Carvalho e Bruna Mascarenhas, a produção da Netflix deu voz aos sonhos e aspirações dos jovens da periferia de São Paulo, em cenários que vão dos bailes aos cultos evangélicos.

‘Que história é essa, Porchat?’

O programa no GNT “Que história é essa, Porchat?” se tornou um dos mais vistos do canal. Foto: Juliana Coutinho / Divulgação
O programa no GNT “Que história é essa, Porchat?” se tornou um dos mais vistos do canal. Foto: Juliana Coutinho / Divulgação

Após o boom dos talk shows no Brasil, Fábio Porchat conseguiu, em seu programa no GNT, inovar no formato: a proposta, simples, é que famosos e plateia contem histórias de vida. O resultado foi um programa divertidíssimo, com casos como o das meninas que entraram de penetra na festa de Luciano Hulk e Angélica e de quando Fernanda Torres foi chamada de “completamente drogada” por uma apresentação em que tudo deu errado.

‘Sessão de terapia’

Selton Mello, autor e diretor de 'Sessão de terapia' Foto: André Cherri/Divulgação
Selton Mello, autor e diretor de 'Sessão de terapia' Foto: André Cherri/Divulgação

Versão brasileira para a série israelense de Hagai Levi, “Sessão de terapia” passou por duas grandes mudanças nesta sua quarta temporada: a produção migrou do GNT para o Globoplay e ganhou novo protagonista, o psicanalista Caio, interpretado por Selton Mello (que também dirige a série), em substituição ao Theo de Zécarlos Machado. Dos novos e instigantes personagens ao texto de Jaqueline Vargas, deu tudo certo.

‘Zorra’

Castorine, Evaldo Macarrão, Luisa Perisse e Paulo Vieira, os novos integrantes do Zorra Foto: João Cotta / TV Globo
Castorine, Evaldo Macarrão, Luisa Perisse e Paulo Vieira, os novos integrantes do Zorra Foto: João Cotta / TV Globo

O humorístico “Zorra”, da Globo, gosta de dizer que seu desafio é competir com a realidade. Os comediantes que comandam a atração, reformulada em 2015, podem ficar orgulhosos: o objetivo foi cumprido. Fernando Caruso brilhou com a sua sátira às lives destemperadas do presidente Jair Bolsonaro. E Paulo Vieira, nova adição do programa, brilhou em esquetes como “Sommelier de fuzil”. Muito bom, taoquei?

‘Bom sucesso’

Antonio Fagundes e Grazi Massafera em cenário da novela 'Bom sucesso' Foto: Victor Pollak / Divulgação
Antonio Fagundes e Grazi Massafera em cenário da novela 'Bom sucesso' Foto: Victor Pollak / Divulgação

A amizade entre dois amantes da literatura — um rico editor no fim da vida e uma costureira de origem humilde, vividos por Antônio Fagundes e Grazi Massafera , rendeu uma das novelas mais queridas de 2019. De Rosane Svartman e Paulo Halm, “Bom sucesso”, novela das 19h da Globo, trouxe o mundo dos livros para a televisão e já pode ter um grande motivo de orgulho: fez aumentar a procura pelos clássicos citados na trama.

‘Amor de mãe’

Regina Casé é Lurdes em 'Amor de mãe' Foto: Reprodução
Regina Casé é Lurdes em 'Amor de mãe' Foto: Reprodução

Lançada em novembro, “Amor de mãe” , estreia da autora Manuela Dias na faixa das 21h da Globo, já tem um grande trunfo: promoveu a volta de Regina Casé às novelas, na pele da mãezona Lurdes. Com Taís Araújo e Adriana Esteves ainda como protagonistas, a trama, que conta com a direção caprichada de José Luiz Villamarim, leva para 2020 o desafio de manter a alta qualidade dos seus primeiros capítulos e seguir emocionando.

‘Órfãos da terra’

Aziz Abdallah (Herson Capri) e Fauze (Kaysar Dadour) em 'Órfãos da terra' Foto: Rede Globo/Paulo Belote
Aziz Abdallah (Herson Capri) e Fauze (Kaysar Dadour) em 'Órfãos da terra' Foto: Rede Globo/Paulo Belote

De Duca Rachid e Thelma Guedes , a novela das 18h da Globo fica marcada pela novidade: primeiro, por trazer, com sensibilidade, atenção aos refugiados, tema relevante e ainda pouco explorado. Segundo, por garantir um prêmio inédito para a dramaturgia nacional, ao conquistar na categoria de telenovela o Rose d’Or Awards , premiação suíça que ocorre desde 1961 para coroar os melhores programas da televisão do mundo.