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Cena da série inspirada no serial killer Jeffrey Dahmer — Foto: Divulgação
Cena da série inspirada no serial killer Jeffrey Dahmer — Foto: Divulgação

Estreia da semana passada da Netflix e um dos conteúdos mais vistos da plataforma de streaming desde então, a série "Dahmer: Um canibal americano" tem despertado a curiosidade do público sobre o assassino Jeffrey Dhamer, inspiração para a trama. Entre 1978 e 1991, o serial killer matou 17 homens e garotos, geralmente atraídos a sua casa e depois dopados, antes de serem mortos e terem seus corpos desmembrados. A produção de Ryan Murphy mistura realidade e ficção para contar essa história. A seguir, veja o que foi criação no roteiro, a partir de um levantamento do site Cincinnati.com a partir de reportagens do Milwaukee Journal e Milwaukee Sentinel, e do livro da repórter Anne E. Schwartz sobre o assunto ("Monster: The True Story of the Jeffrey Dahmer Murders").

1. Vizinha

Glenda Cleveland, vivida na série por Niecy Nash, aparece como vizinha de porta do serial killer, que vivia no apartamento 213 no Oxford Apartments, na 25th Street em Milwaukee. Ela morava no prédio ao lado. Especula-se que a personagem da série seja uma junção de Cleveland com Pamela Bass, esta sim vizinha dele. Foi ela quem afirmou que ele fazia sanduíches com carne de suas vítimas e oferecia para pessoas do prédio.

2. Sangue

Numa cena da série, Dahmer, funcionário no Milwaukee Blood Plasma Center, leva bolsas de sangue para beber em casa. Na vida real, ele disse, depois de preso, que provou (e cuspiu) o sangue no telhado do centro.

3. Primeira vítima

Dahmer nunca foi oficialmente acusado pela morte de Steven Tuomi, sua primeira vítima em Milwaukee. Na série, ele foi assassinado no Ambassador Hotel, mas o serial killer nunca deu detalhes sobre o crime, embora tenha descrito partes do encontro. Restos mortais de Tuomi nunca foram encontrados.

4. Avó

A série mostra que Ron Flowers, levado por Dahmer para a casa da avó Catherine Dahmer (Michael Learned), foi salvo graças à vigilância dela, mas não se sabe ao certo se ela era tão atenta. Segundo o livro de Schwartz, Dahmer teria desistido por Flowers ser pesado e ele ter receio de conseguir mover o corpo.

5. Idioma

O juiz William Gardner, em um episódio, dá clemência a Dahmer no caso de agressão sexual de um menor asiático, irmão de uma de suas vítimas. Na cena, Gardner tem dificuldade para entender o inglês de Sounthone Sinthasomophone, pai dos meninos, e pede que o filho mais velho ajude na tradução. Pelo livro de Schwartz, a família não estava presente na audiência de sentença.

6. Tony Hughes

Tony Hughes, homem surdo que foi morto por Dahmer, ocupa um papel de destaque na série, que mostra os dois numa relação afetiva, com o assassino desistindo de matar sua vítima em duas ocasiões. Em sua confissão, Dahmer disse que nunca conheceu Hughes antes da noite em que o matou. Uma amiga de Hughes, no entanto, relatou à polícia que Dahmer e Hughes eram amigos há mais de um ano.

7. Policiais

John Balcerzak e Joseph Gabrish, negligentes diante de denúncias sobre Dahmer, aparecem na série recebendo a láurea de “oficiais do ano”, mas tudo indica que isso nunca aconteceu, embora eles tenham voltado aos seus postos em 1994, com direito a salários retroativos.

Como Jeffrey Dahmer morreu?

Entre as questões mais comuns em relação ao assassino, estão a identidade de suas vítimas e de que forma ele morreu na prisão, em 1994. Dahmer nasceu em 1960, em Milwaukee, Wisconsin, e mudou-se ainda criança para Bath, Ohio. Na adolescência, costumava fazer experimentos com animais mortos usando alvejante e outros produtos químicos nos ossos, para conservá-los. Os animais dissecados deram lugar aos corpos humanos anos depois, quando Dahmer usava a experiência adquirida para eliminar restos mortais ou retirar a carne dos crânios que guardava.

Quem eram as vítimas do serial killer?

Dahmer cometeu seu primeiro assassinato em 1978, quando já morava sozinho, ainda em Ohio. A vítima foi Steven Hicks , de 18 anos, que aceitou ir à casa de Dahmer para beber, onde foi atingido por um haltere de 5 kg. Enquanto a vítima estava inconsciente, ele o estrangulou com a barra do haltere. Depois ele dissecou o corpo no porão, dissolvendo a carne em ácido e destruindo os ossos com uma marreta.

O segundo assassinato foi cometido em 1987, quando Dahmer mudou-se novamente para Milwaukee, onde viveu na casa da avó. Em novembro daquele ano, Dahmer levou Steven Tuomi, de 25 anos, para o Hotel Ambassador, onde havia alugado um quarto. Segundo o serial killer, a intenção seria de drogá-lo e estuprá-lo, sem matá-lo. Contudo, Dahmer encontrou o corpor de Tuomi na manhã seguinte, cheio de contusões. Dahmer colocou o corpo numa mala grande e o levou para a casa da avó, onde foi desmembrado. O crânio foi mantido por um tempo após ser fervido em detergente industrial e alvejante.

A partir de então, os assassinatos de Dahmer seguiram padrões semelhantes, com jovens atraídos em bares gays ou locais de prostituição, que eram levados a sua casa, sedados, e depois do sexo, estrangulados, antes de terem seus corpos desmembrados. Dois meses depois de Tuomi, a vítima foi James Doxtator, de 14 anos, cujo crânio também foi mantido pelo assassino. Em março de 1988, Dahmer matou Richard Guerrero, de 22 anos, após drogá-lo, o estrangulando com uma tira de couro. Um ano depois, Dahmer fez sua quinta vítima, Anthony Sears, de 24 anos, estrangulado no porão da avó, onde teve o corpo esfolado numa banheira. Sua cabeça e seus genitais foram preservados em acetona.

Em 1990, Dahmer mudou-se para um apartamento próprio, numa área de Milwaukee notória pelos altos índices de criminalidade. Lá ele matou Raymond Smith, um michê de 32 anos, estrangulando-o. O assassino fez várias fotos do corpo de Smith com uma câmera polaroide, no banheiro. Lá também matou Edward Smith, de 27 anos, em junho, e, três meses mais tarde, Ernest Miller, de 22 anos. Como não tinha tantos soníferos para deixar Miller inconsciente, Dahmer o assassinou cortando sua carótida com uma faca. Seu coração, os bíceps e partes da perna foram guardadas em sacos plásticos na geladeira para consumo posterior. A oitava vítima foi David Thomas, de 22 anos, com quem Dahmer se encontrou num shopping local, antes de atraí-lo ao apartamento.

Em fevereiro de 1991, Dahmer levou Curtis Straught, de 17 anos, para o apartamento, onde o sedou, o estrangulou e o desmembrou. Dois meses depois, foi a vez de Errol Lindsey, de 19 anos, que teve ácido clorídrico injetado no cérebro numa tentativa frustrada de mantê-lo em estado de semiconsciência. Em março, Tony Hughes, de 31 anos, foi morto e seu corpo permaneceu no quarto. Três dias depois, o adolescente laosiano Konerak Sinthasomphone, de 14 anos, foi levado ao apartamento e também teve ácido clorídrico injetado no seu lobo frontal. Dahmer então saiu para comprar bebidas e, ao voltar, encontrou Sinthasomphone em estado de confusão mental conversando com três mulheres, que chamaram a polícia. Os policiais foram convencidos por Dahmer que tudo não passava de uma briga de namorados e, após uma rápida averiguação, em que não encontraram o corpo de Hughes nem os demais restos de cadáveres, foram embora e deixaram o adolescente para ser morto pelo serial killer.

Em junho, Dahmer conhece Matt Turner, de 20 anos, em Chicago e o convence a voltar com ele Milwaukee, onde foi morto. Uma semana depois, Jeremiah Weinberger, de 23 anos, foi levado ao apartamento, e teve água fervente injetada no cérebro, que o colocou em coma e o levou à morte. Em julho, Dahmer mata Oliver Lacy estrangulado e depois faz sexo com o cadáver antes de desmembrá-lo. Quatro dias depois, leva Joseph Bradehoft, de 25 anos, para seu apartamento. Sua última vítima, Bradehoft foi morto e mantido na cama de Dahmer, com um lençol por cima, por dois dias, onde começou a entrar em decomposição.

Prisão e morte

Em 22 de julho de 1991, Dahmer levou Tracy Edwards, de 32 anos, a seu apartamento, onde é algemado por um dos pulsos. O homem então consegue distrair Dahmer e acertá-lo com um soco, antes de fugir e encontrar dois policiais. No apartamento, foram encontrados sete crânios, quatro cabeças decepadas, dois corações humanos, um torso no freezer e um saco cheio de órgãos e carne humana. Dois pênis cortados e preservados e um escalpo mumificado, além de três torsos sendo dissolvidos em um tambor de 200 litros de ácido, também entraram no registro dos legistas que investigaram o caso.

Em 15 de fevereiro de 1992, Dahmer foi condenado a 15 sentenças de prisão perpétua por homicídio em primeiro grau em Wisconsin (meses depois, seria condenado outra vez à prisão perpétua pelo crime cometido em Ohio). Cumprindo pena no Instituto Correcional de Colúmbia, uma penitenciária de segurança máxima em Portage, Wisconsin, Dahmer passou seu primeiro ano em uma solitária, pelo risco de ser morto pelos outros presos.

Em 1993, Dahmer vai para uma ala menos segura do presídio, sendo integrado a um turno de duas horas de trabalho por dia, lavando os banheiros compartilhados. Após uma tentativa fracassada de outro detento de cortar sua garganda em julho de 1994, em novembro do mesmo ano Dahmer é mandado para limpar os chuveiros da academia da prisão com outros dois presos, Jesse Anderson e Christopher Scarver, que ataca os companheiros com uma barra de metal. Dahmer foi levado para o hospital da prisão, mas morreu uma hora depois por conta dos ferimentos. Anderson também morreu, dias depois. Ao voltar para sua cela, Scarver teria dito a um guarda que Deus o mandou matar Anderson e Dahmer.

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